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Minha versão do amor

Minha versão do amor, do Richard J. Lewis Com atuação irretocável do Paul Giamatti Itália 2010 é simplesmente genial. Vencedor do Oscar no quesito maquiagem mostra a estória de vida de um judeu que sabia curti-la. Mostra-o novo em seus inícios de porres, amizades e casamentos, sempre em lugares belíssimos. Ao passar da película a sua face vai se transformando assim como o próprio personagem. Duas horas de pura nostalgia no sentido de viver a vida como é, e como teríamos que viver, ou seja: traduzindo: se entregando a tudo; os amigos, a situações, as esposas e a tudo que vier e for interessante. No sentido de drama existencial a película mostra-se rica, enfim: podia ser a vida de qualquer pessoa corajosa que se se destina a viver a vida de forma literal tentando sempre pensar primeiro no outro e depois nele. Mas é exatamente isso que nos falta hoje em dia: pessoas dispostas a pagar esse preço para essa tal liberdade sem escrúpulos . Tudo bem que a época do filme era outra, hoje em dia é...

A trilogia do poderoso chefão

Sem modéstia e corajosamente no ultimo sábado assisti de vez o poderoso chefão 1, 2 e 3 de vez, das três da tarde até uma da matina do dia seguinte. O que escreverei aqui se leve em conta: primeiro a minha paixão por cinema e depois minha ascendência italiana. Esta trilogia do Coppola é coisa atemporal, e magnífica, e saberão o porquê... A saga dos Corleonni saindo da bela e violenta Sicilia para a America é coisa de cinema mesmo, embora tudo seja verdade: máfias, acordos com policia, política advogados, gerando cartéis e corrupção acordada, gerando assim a estória daquele país, que hoje economicamente é o primeiro do mundo. Os filmes são obras primas, pois alem de contar fatos verídicos , os transformam em arte , pois tudo que vem com amor, com ou sem lei, tem dimensões magnificamente superiores. O calor italiano foi a máquina propulsora para essa tal magnitude peliculiana. Na Sicilia o bicho pega, e não adianta chamar burro de meu louro não.. Com a trilogia iniciada em 1971, continua...

Quebrando o tabu, Nossa vida sem Grace, Namorados pra sempre

Quebrando o tabu, o comentado documentário do Fernando Grostein Andrade. Bra., EUA, Por., Hol., Col., Sui., Fra. e Arg./2011 ,acho que por tanta preocupação em querer explicar tantos países e seus sistemas anti-drogas para liberalização ou legalização ou nada disso perdeu o foco com muitas estatísticas e personalidades, que ao ver assistir acabou comprometendo o entendimento e clareza do documentário, virando o feitiço contra o feiticeiro. Se o objetivo da película bem produzida era o de debater a legalização ou liberalização das drogas, o tiro saiu pela culatra, e cuidado com o pé FHC, PSDB. Lula deve estar agradecendo ou o PT. Se o filme teve de algum modo, víeis político, então não foi bom para o FHC, e eu acho que teve. Afinal de contas ou no final das contas sempre tem política e poder no meio, e saúde pública vem em segundo lugar nesse filme, Se o documentário foi feito pra ser plataforma de campanha política do FHC, acho que ele se deu mal nessa. Nossa vida sem Grace, do James ...

Caminho da liberdade

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Espremendo o bagaço da laranja pra pegar só o caldinho, alguns bons filmes a serem discutidos. A sétima arte é mesmo envolvedora. Por mais que queira ignorá-la por vezes estúpidas, ela volta e se revolta como um liquidificador nos meus “ticos e tecos”, espremendo e enrolando assim como meias em uma máquina de lavar. Tive a concretização da consciência de que não posso ignorá-la, pois estaria ignorando a mim mesmo, mas deixo pra quem sabe fazer isso, e desisto da pretensão, se é que um dia já tive, de enveredar-me como participante do processo do cinema. Falando em paixão, assisti uma coisa extraordinária hoje, onde temos a noção te tanto de gente ordinária que nos rodeia, sem trocadilhos, apenas uma constatação. O filme é o Caminho da liberdade, do Peter Weir, USA 2010, onde prisioneiros migram da Sibéria até a Índia. Isso mesmo, uma puta de uma caminhada que cativa do começo ao fim, e por isso a constatação de hoje, estarmos ao redor de pessoas ordinárias, sem pudores, sem valores e p...

Cadê a merenda?

Hoje, assisti a dois filmes e algumas coisas desinteressantes, nas quais, dá vontade de mudar de país. Essa parada de superfaturamento em merenda escolar em todo país é de doar na alma, pois mostra como ainda somos primitivos. Não que isso só aconteça no Brasil, mas são tantas as “catástrofes políticas”, que chega uma hora que dá vontade de se picar daqui. Quando não é na educação, é na saúde, quando não , é no meio ambiente, só faltando raspar os pelos dos sovacos dos brasileiros tamanhas são as devastações na floresta amazônica, isso sem falar na máfia dos alimentos transgênicos, e o pior: todos esses “ladrões superfaturados” estão no poder ora freqüentemente exercendo cargos públicos ou ora por acordos ditos como terceirizados. O governo federal se pronuncia contra acordos entre empresas terceirizadas e prefeituras ou governos estaduais. Mas ao mesmo instante, não cria outra opção para que esses acordos (diga-se: necessários para a máquina funcionar) aconteçam. Já pensou em como uma...

Reencontrando a felicidade e A garota da capa vermelha

Em Reencontrando a felicidade , de John Cameron Mitchell 2010, USA e protagonizado e produzido por Nicole Kidman. EUA/2010 observei mais uma produtora atuando, ao invés do contrário. O filme é intrigante, conta a estória de um casal que recém perde seu filho e busca forças para seguir adiante. Monótono às vezes, porém sempre cargamente denso a película observa a questão da evolução, do perdão, e talvez da não-razão em suma. Explicar a não razão, é concluir ou ao menos não ignorar novos horizontes planos, como mundos paralelos, que é o quê a ciência não racional chama de física quântica. Enquanto um personagem do casal tenta, de forma menos convencional e por isso mais sofrível "entender" e aceitar a perda do filho por um atropelamento de um adolescente bom, o outro, o homem, abre mão de “sofrimentos menos racionais”, ou porque ele não tenha essa capacidade de compreensão da perda da vida mesmo. O fato é que Reencontrando a felicidade, apesar da sua protagonista parecer estar...

Osama e Obama

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Vou “pitaquear “sobre o assunto do momento: A morte do Osama pela reeleição do Obama. Pelas minhas informações, desde agosto do ano passado, o Obama sabia onde escondia-se o Osama, e porque então não atacou logo quando descobriu o esconderijo de luxo a 700 metros de uma brigada militar paquistanesa? Simples: Por pura estratégia política. Se o Osama fosse morto em agosto de 2010, as pessoas poderiam esquecer em 2012 nas eleições . Estrategicamente foi melhor aguardar uma data mais próxima das eleições para a emboscada. E porque então o Obama não esperou até dezembro desse ano para atacar então? Pura ansiedade norte-americana, visto que o cara estava no lugar há três anos. Ele poderia migrar? Sim, sempre há essa possibilidade, mais pouco provável. Ou seja, a morte de um cara que já foi importante para o terrorismo da AL - Queda, e há algum tempo não era mais, foi um ato político puro de reeleição da candidatura do atual presidente norte-americano. Quando escrevo que ele já foi important...