Minha versão do amor

Minha versão do amor, do Richard J. Lewis Com atuação irretocável do Paul Giamatti Itália 2010 é simplesmente genial. Vencedor do Oscar no quesito maquiagem mostra a estória de vida de um judeu que sabia curti-la. Mostra-o novo em seus inícios de porres, amizades e casamentos, sempre em lugares belíssimos. Ao passar da película a sua face vai se transformando assim como o próprio personagem. Duas horas de pura nostalgia no sentido de viver a vida como é, e como teríamos que viver, ou seja: traduzindo: se entregando a tudo; os amigos, a situações, as esposas e a tudo que vier e for interessante.
No sentido de drama existencial a película mostra-se rica, enfim: podia ser a vida de qualquer pessoa corajosa que se se destina a viver a vida de forma literal tentando sempre pensar primeiro no outro e depois nele. Mas é exatamente isso que nos falta hoje em dia: pessoas dispostas a pagar esse preço para essa tal liberdade sem escrúpulos . Tudo bem que a época do filme era outra, hoje em dia é bem complicado ligar o dana-se , mas serve de bussola pra ver como estamos no sentido contrario, pensando sempre primeiro no: eu, eu, eu, e depois :você , você, você.
Meia Noite em Paris, do Woody Allen EUA, Reino Unido/2011. Resumiria o filme em uma frase: Viver em Paris é estar em um universo paralelo de paixões.
Uma grande gafe do filme foi de ele ter sido feito em língua inglesa, pois não se pode falar da capital francesa e não ouvir um bom jour, madimosele, monsuir, etc.. Teria de ser feito em língua francesa, mas como foi escrita e dirigida pelo craque Woody Allen, fazemos um desconto e fingimos que a película está no idioma adequado.
Paris depois da meia noite ou Meia noite em Paris conta a estória de um bem sucedido e entediado roteirista norte-americano que vai passar seu noivado na capital francesa. Depois da meia noite, não sei que caralho que ele toma ou bebe, que meio que se tele transporta para o mundo de 1920 na capital do glamour. Ele traí sem saber mas com prazer. Aí é uma loucura só, mas muito boa de ver, recomendadíssimo !
O primeiro que disse, do Ferzan Ozpetek, Itália 2010, conta a estória inusitada de dois filhos homossexuais de um italiano linha dura. Há épocas de se aposentar, o coroa recebe o primeiro tiro: o primeiro comunicado do natural herdeiro e filho mais velho num jantar formal de família. Aí, o caçula segura a bronca do pai bancando o hetero, até que chega uma hora que não agüenta e fala. Uma comédia italiana bem fraquinha, diga-se de passagem, mostrando que o tema ainda é tabu. Definitivamente poderíamos até vislumbrar a película sendo como um ato contra o preconceito, afinal de contas cada um faz da vida o que quiser, mas o filme de certa forma banaliza o tema e o trata com mais preconceito ainda, como era de se esperar, produzido por um país tão antigo e conservador como é a Itália nessas questões. Como sou meio italiano também, achei engraçado.

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