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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Dois lados do amor

Dois lados do amor ( qual lado ?) , Ned Benson, EUA, 2015. Pare por um instante e pense em um filme muito ruim que assistiu... Pensou? Pois então, te garanto que este é pior que o seu. Trata-se de um típico filme de cineasta estreante, e este com a famosa “Síndrome de Godardzinho” acaba dando um passo maior que a perna e logicamente cai de cara no chão.Cada um faz o seu, eu no papel de crítico de cinema arrebento a boca do balão quando o filme não diz nada com nada e espero contribuir para o insucesso do filme em bilheteria. Se a obra tem valor não me falta generosidade em criticá-la positivamente. O cinema é um teto de vidro: Se alguém faz merda e ainda consegue lançar o filme os críticos tem deveriam ter, o dever de informar ao público que trata-se de coisa chula e desnecessária de conferir. É assim que funciona e assim deve ser tratadas obras como essas quando passamos longos 120 minutos onde não temos nem sequer uma mínima hipótese de que algo ligasse com alguma coisa. Aí me pergu

Mil vezes boa noite

Mil vezes boa noite , dirigido por Erik Poppe, Noruega , Irlanda , Suécia , 2014. Segundo o espiritismo existe uma alocação de valores para cada pessoa se juntar com outra e assim formar traços parentescos. Isto não acontece como um jogo de loteria, por exemplo. Os espíritas creem até em vidas passadas de segundas, terceiras, ou mais gerações para uma pessoa ter parentesco com aquela outra pessoa. Incomum não é acharmos parentes próximos que não se embicam, e a tese espírita explica que para estes casos, que são mais comuns que imaginamos, existe um tipo de divida do passado, um tipo de pedágio que temos de pagar neste plano a fim de resolver pendengas antiguíssimas. Este crítico também pensa desta forma; Tudo tem um porque e tal porque sugere algumas consequências. Os mais crentes nas teses de Alan Kardec acreditam piamente que nossos parentes mais próximos são os nossos principais obstáculos na vida, pois se fomos unidos neste plano com tal próximo grau de parentesco é porque algo de

O Abutre

O Abutre , de Dan Gilroy ,com Jake Gyllenhaal, EUA, 2014. O filme foi tido como a principal injustiça do Oscar este ano, e com razão. No mínimo o protagonista do suspense psicológico teria que estar entre os melhores atores, e ainda de quebra colocaria para concorrer como melhor roteiro também, e isso no mínimo, pois estão bem melhores que os indicados nas categorias roteiro e edição de som. Enganos ou injustiças à parte O abutre nos faz, nós jornalistas, sair do filme pensando em certos valores éticos da profissão; Até que ponto o jornalista pode chegar e não ultrapassar a privacidade alheia? Isto está em jogo na trama cheia de violência psicológica, e talvez por esse motivo, tenha um bom roteiro. O protagonista do filme é um desafortunado e infeliz roubador de fios elétricos públicos, ou seja, era nada mais ou menos que um ladrãozinho de araque, porém bem menos perigoso que nossos ladrões profissionais de Brasília, pois estes quando resolvem roubar não se contentam com pouca coisa co

A teoria de tudo

A teoria de tudo , dirigido por James Marsh e roteirizado por Anthony McCarten , EUA, 2015. Não é todo dia santo ou até não santo mesmo que se nasce um gênio. O ator Eddie Redmayne que interpreta o famoso e importante físico Stephen Hawking é a principal aposta de muitos pra levar a estatueta de melhor ator principal do Oscar 2015. A sua cinebiografia foca na vida deste magnânimo físico reconhecido mundialmente e até hoje com 73 anos, ele ainda se encontra lúcido e acima de tudo produtivo para com os avanços da física moderna. Além de a obra focar no protagonista e nas suas principais descobertas importantes para o mundo físico, ou seja, o nosso; pois vivemos em um mundo físico, palpável ou estou enganado? Fato é que o pioneiro físico abriu as mentes do mundo com suas teses de realidade paralela, cômica ou metafísica, assim como preferirem chamá-las. O cara foi um dos mais importantes nomes das ciências de todos os tempos por sua sensibilidade em perceber que o mundo é bem mais ( e col

Livre

Livre , com direção de Jean- Marc Vallée ( Clube de compras Dallas), EUA, 2015. O filme biográfico tem as credenciais dos festivais de Toronto e Telluride, ambos de 2014, além do roteiro de Nick Hornby. Baseado e inspirado no best-seller homônimo de Cheryl Strayed , a obra fílmica encaixa com as principais personagens tão bem que o filme concorre ao Oscar de melhor atriz, interpretada por Reese Witherspoon, e sua mãe na trama como melhor atriz coadjuvante por Gaby Hoffmann. Após a morte de sua mãe com apenas quarenta e cinco anos por um câncer, a personagem central do filme se desmorona emocionalmente, levando junto ao seu precipício particular seu casamento, após inúmeras traições à primeira vista, sem sentido algum. Dava para o primeiro que aparecesse. Porém a segunda vista já percebemos que aquele amor ou carência toda que aquela jovem de vinte e dois anos sentia; Além do prazer sexual, obvio, seus parceiros consumiam e partilhavam com ela heroína, droga a qual a moça ficara depende

O jogo da Imitação ( The Imitation Game )

O jogo da Imitação ( The Imitation Game ) no original, dirigido por Morten Tyldum , EUA, 2015. Este filme pode ser a principal surpresa no Oscar agora em fevereiro. Trata-se de uma cinebiografia de um matemático importantíssimo para o mundo, porém pouquíssimo conhecido entre nós. Alan Turing, interpretado por Benedict Cumberbatch, foi o agente da policia de inteligência britânica que conseguiu desvendar a máquina de criptografia nazista conhecida como Enigma, a qual emitia informações sobre as estratégias de guerra dos alemães; E tal feito, ou seja, a descoberta do código da máquina Enigma permitiu que os britânicos juntamente com os aliados ganhassem a segunda guerra mundial contra Hitler, pois quando as tropas nazistas esquematizavam seus ataques; Estes já estavam descobertos e por isso aniquilados pelas forças aliadas. Verdade que a descoberta da máquina criptográfica nazista não fora descoberta de um dia para outro, levou alguns anos de estudos na base da tentativa do erro e adivi

Grandes Olhos

Grandes Olhos , dirigido por Tim Burton , EUA/Canadá, 2015. Trata-se da primeira cinebiografia do diretor de filmes como Eduard mãos de tesoura entre outros sucessos. A escolha da pessoa a ser cine- biografada é um tanto corajosa, já que a personagem é do mundo da pintura. Alias não se trata apenas de mais uma pintora, mas sim da artista que mais vendeu quadros em sua época no mundo; Refiro-me ao inicio da segunda metade do século XX. A história é passada no estado da Califórnia, e com algumas idas ao Havaí, porém nada de Europa. O filme já é em si uma surpresa haja vista que ninguém imaginaria que o diretor quisesse se aventurar em dramas, já que não é sua praia. E tal aposta só comprova que de fato cada um tem que ficar fazendo coisas que sabe fazer e não inventar o que não sabe. Todos sabem que o diretor fez o seu nome com filmes mais leves e engraçados, e agora ele vem com uma bomba dessa pesada, como poderia dar certo? Entretanto opinião pessoal à parte tentarei ser o mais imparci

Invencível (Unbroken)

Invencível (Unbroken) no original , de Angelina Jolie, EUA, 2015. Hoje pude perceber de forma visceral o que significa a expressão popular: “Pior é na guerra”. Tal jargão é dito quando uma pessoa reclama de alguma situação desagradável ou dolorosa, aí vem um sujeito e taca-lhe a frase: “Pare de reclamar, pior é na guerra”. O segundo longa da mulher de Brad Pitt é uma bomba. Quando olhamos para a Angelina Jolie, vemos uma expressão de um mulher requintada, sensível e principalmente preocupada com o bem estar dos outros ( ela tem três filhos adotados , além dos três naturais que tem com Brad Pitt, isso sem contar com as inúmeras ONGs africanas que o casal ajuda). Pois bem, este rosto humano e celestial não é visto nem de longe em seus filmes, haja vista que o seu primeiro fora tão violento como este segundo. Entretanto se tratando apenas do mais recente temos uma baita de uma biografia de um ex-atleta olímpico norte-americano que é capturado pelos japoneses enquanto lutava na segunda gra

Corações de Ferro

Corações de Ferro , de David Ayer , EUA, 2015; É durante a guerra que o ser humano mostra seus instintos mais primitivos e talvez por isso, tenhamos tantos filmes acerca da temática. Com estreia prevista no Brasil em cinco de fevereiro, o filme quase não roda devido à hackers norte-coreanos que entraram no site da Sony e colocaram a disposição esse e outros filmes inéditos da distribuidora devido a uma retaliação ao filme A entrevista, este que escandalizaria o ditador norte-coreano em uma comédia pra lá de escrachada, mas com pouco brilho. Entretanto voltando a Corações de Ferro, este conta já a fase final de segunda guerra mundial, onde o exercito dos EUA já estavam em solo germânico matando seus últimos soldados. O filme foca a história em um tanque e seus combatentes. Como chefe do tanque de guerra temos Brad Pitt ( Vocês tem razão mulherada : o cara é bonitão mesmo com mais de cinquenta anos, se fosse mulher faria de tudo pra dar pra ele). Brad Pitt, sem fazer “piti”, faz o papel