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Mostrando postagens de abril, 2015

Cinquenta tons de cinza

Cinquenta tons de cinza , com direção de Sam Taylor – Johnson, EUA, 2015. A primeira frase que veio quando a sessão acabou foi: Mas que besteirol, ainda bem que não li o livro. Há relatos selvagemente negativos de quem leu o Best-seller acerca sobre o filme, como não tive esta sorte, somente avaliarei a obra fílmica por ela mesma. Pois bem: Há quem acredite que uma pitada de sadismo possa melhorar uma relação; Sinceramente: Não sei nunca a fiz e continuo sem interesse algum após ver o filme sobre tais práticas sado masoquistas. Como crítico posso escrever que o filme tem buracos muito visíveis em relação ao enredo que nos é contado, agora sobre os outros buracos a serem preenchidos deixo para imaginação de cada um; Pois bem, o filme começa com uma entrevista de uma estudante de literatura inglesa ( que supostamente atuava como jornalista, senão não teria como entrevistar alguém, afinal a moça era estudante de letras ou jornalista? Pergunta esta que fica no ar e por isso já tem

Imagens que me visitam

O que procura-me ou onde acho-me; É o tal do ócio , que eu, pretensiosamente o classifico como criativo; O ato de não fazer nada, entregar-se ao instinto mais primitivo; O de não colaborar com ninguém e nadica de nada; Entregando-me ao meu egoísmo, ou melhor, ao meu somente não ; A esta característica que tudo ser humano possui; Apenas permito-me que ele se aflore e dê as caras sem amaras; Neste ponto de vista sou mais sincero que a maioria por transmudar-me; E deixar que as pessoas olhem a minha essência erradamente humana.

Ode as expêriencias vividas

Noite que tanto apatece-me; Entretanto também enrubesce-me; Em ti passo a poder tudo; Posso ser um mero e feliz boêmio ou; Um parasita que grita e implica contra a tirania; Fazendo da poesia minha arma; Sim, Nocte, tu inspira-me; A tentar por ser o mais marginal possível; E quando chega o seu fim, parece que fico sem finalidade, sem propósito; Pois é na busca de ti que permito-me a explodir.

Grandes Olhos

Grandes Olhos , dirigido por Tim Burton , EUA/Canadá, 2015. Trata-se da primeira cinebiografia do diretor de filmes como Eduard mãos de tesoura entre outros sucessos. A escolha da pessoa a ser cine- biografada é um tanto corajosa, já que a personagem é do mundo da pintura. Alias não se trata apenas de mais uma pintora, mas sim da artista que mais vendeu quadros em sua época no mundo; Refiro-me ao inicio da segunda metade do século XX. A história é passada no estado da Califórnia, e com algumas idas ao Havaí, porém nada de Europa. O filme já é em si uma surpresa haja vista que ninguém imaginaria que o diretor quisesse se aventurar em dramas, já que não é sua praia. E tal aposta só comprova que de fato cada um tem que ficar fazendo coisas que sabe fazer e não inventar o que não sabe. Todos sabem que o diretor fez o seu nome com filmes mais leves e engraçados, e agora ele vem com uma bomba dessa pesada, como poderia dar certo? Entretanto opinião pessoal à parte tentarei ser o mais imparci

Mapa para as estrelas

Mapa para as estrelas , dirigido pelo sempre excelente, e também excêntrico David Cronenberg, em uma mista produção de quatro nacionalidades: Canadá, EUA, França e Alemanha, 2015. O premiado diretor sai do seu senso comum ou da zona de conforto e pela primeira vez se arrisca a produzir um filme que conta os lados obscuros e pouco ou nada conhecidos das estrelas do cinema estadunidense, conhecidas também pelo nome de celebridades. A impressão que dá é que Cronenberg escolhe a dedos os seus cinco principais atores da trama para interpretar personagens complexos e excêntricos. Temos um tipo de guru espiritual e diretor de cinema, interpretado pelo tarimbado John Cusack. Ao seu lado tem-se a sua esposa ( de atuação e importância no roteiro bem menos importante): Uma produtora de cinema de natureza frágil e dependente emocionalmente do marido pra lá de esperto. Para completar os cincos personagens centrais da trama temos ainda uma espécie de, alias espécie não, uma mega estrela Teen de um b

Depois da chuva

Depois da chuva , com direção dupla de Claudio Marques e Marília Hughes, Bahia- Brasil, 2013. Existem filmes que são fáceis em serem resenhados; Logo quando os assisto vem sem sofrimento algum a escrita deles. Entretanto outra classe de obras fílmicas tende-se a serem mais complexas de serem escritas. Trata-se de filmes que, de alguma maneira, passam algo de realmente profundo para reflexão de quem os assiste e por isso despreendem-se de certo tempo de digerimento para sua crítica. O crítico não consegue simplesmente sair do cinema e sentar a bunda no computador e começar a resenhá-lo, pois pertence a um grupo de obras fílmicas que existem um projeto oculto nas suas entre cenas pra modo da gente pensar, sobretudo, em nossos problemas contemporâneos atuais, sejam estes de cunho político ou social. Pois bem, Depois da chuva pertence a esse tipo de filme que te faz pensar em como podemos mudar, pra melhor, as nossas vidas com as repletas idiossincrasias políticas e sociais que nos rodeiam

Mommy

Mommy , escrito e dirigido por Xavier Dolan, Canadá, 2015. Em um ambiente ficcional temos um Canadá, na província do Quebec mais especificamente no lado gaulês do país gelado, instituindo novas leis a fim de punir jovens infratores. O filme, embora seja uma obra ficcional, se inicia explicando esta ficção, ou seja, conta uma ficção dentro de outra ficção; Esta última citada seria ou tentaria a ser a obra fílmica de fato. Um tanto difícil de explicar uma ficção dentro de um Canadá ficcional futuro, porém o que não resta dúvida alguma é acerca ou sobre a qualidade do filme canadense, este que categorica e principalmente visceralmente foge de todos os padrões comuns dos meros filmes fúteis de se ver, e talvez por isso, ou não à toa em prol disso, arrebatou o prêmio principal do júri do último festival realizado em Cannes. Como mencionei a região do Quebec estabelecia rígidas leis contra menores infratores e pela circunstância das tais leis insanas existirem neste “futuro Canadá”, surge e