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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

Spotlight – Segredos Revelados

Spotlight – Segredos Revelados , dirigido por Tom McCarthy , EUA,2016. Não gostaria de entrar no tema novamente, entretanto o Oscar 2016 pede, então nada mais justo em plena semana do prêmio industrial estadunidense, voltar a comentar a respeito de um filme cotadíssimo para receber muitas estatuetas, inclusive a mais cobiçada de melhor filme. Vamos falar do filme que venceu o prêmio dos produtores de Hollywood: Spotlight. Pois bem, o filme tem como tema a pedofilia entre padres católicos. O título do filme se origina a um seleto grupo de quatro jornalistas especializados a dar furo; na linguagem jornalística dar furo quer dizer noticiar alguma coisa inédita. O grupo era formado por um jornalista com traços e laços portugueses, e por isso sempre enviesado buscando a notícia com sua curiosidade peculiar ( a melhor atuação do filme e merece ganhar como ator coadjuvante ); uma jornalista tipicamente norte-americana que não se importava em portas na cara, caso a informação fosse importante.

Sócrates

Sócrates , dos Canais ESPN, 2013. Por motivos pessoais e também pela qualidade do documentário, fiquei extremamente emocionado vendo este filme. A utopia é para os mais fortes, e não para insanos, como a maioria taxa. A utopia só lhe é cabida aos poetas; aos seres que nasceram com algo maior que faz com que a maioria não enxergue seus predicativos que estão além do tempo presente em que vivem. O Sócrates no futebol foi um destes utópicos. O documentário enxuto, porém, conciso, nos mostra a trajetória do garoto Magrão de Ribeirão Preto, interior paulista, que por uma deficiência física, esta própria o fez brilhar e ter um tipo de marca registrada: O toque de calcanhar. Como ele era alto, 1,90cm, e calçava apenas quarenta em suas chuteiras; toda vez que girava para fazer as jogadas no meio campo, o pé não acompanhava a sua estatura. Ou seja, o toque de calcanhar de Sócrates fora uma necessidade para que o “Magrão” conseguisse dominar a “pelota” e ainda dar um passe. Todavia este não foi

Joy: O Nome do Sucesso

Joy: O Nome do Sucesso , de David O. Russell, com Jennifer Lawrence, EUA, 2016. Quem em sã consciência vai espremer um rodo com os vidros de uma garrafa recém quebrada com suas próprias mãos? A protagonista faz isso e logicamente corta as palmas das suas mãos. Acreditem se quiser, mas é este o argumento do roteiro de um filme que concorre ao Oscar. A partir do acidente, para demente no mínimo, a personagem que dá nome ao filme, Joy, inventa um rodo ou esfregão com noventa algodões capazes de sugar toda a sujeira e ainda por cima este ser girável e por tal motivo poderia ser colocado em um máquina de lavar. Ou seja, uma baita de uma invencionice que mudará para sempre a vida da dona de casa. E pasmem: O filme gira em torno disso do início até o fim com a protagonista querendo, e de fato conseguindo, fazer fortuna e fama através da sua invenção inusitada. A parte principal de uma obra fílmica é sem dúvidas o seu roteiro; quando este começa mal não tem ator nem diretor que dê jeito, e ist

Labirinto de Mentiras

Labirinto de Mentiras , de Guilio Ricciarelli, Alemanha, 2015. Após a segunda guerra mundial a Alemanha teve a missão e necessidade de reerguer-se moral e fisicamente. As verdades de Adolf Hitler ainda reinavam nas cabeças das pessoas daquele país mesmo após o fracasso na guerra, embora que ninguém admitisse em público. O filme, todo falado em alemão, quer exatamente tocar nesta ferida não cicatrizada por volta de 1958. Um ambicioso e também corajoso advogado resolve, por conta própria, reabrir a história dos casos de “ força desproporcional” das autoridades nazistas. Com a ajuda semiforçada de um jornalista, já que o assunto para época era tabu e perigosíssimo, o advogado encontra provas cabais de que as autoridades ainda agiam de maneira semelhante ao período nazista, e pior, acobertavam todos os segredos da época nazista. Por vezes o advogado era espancado na rua por sua ousadia e ainda chamado de traidor bastardo da pátria. As conexões ou labirintos de provas se ampliavam cada vez

O Clube

O Clube , Chile, 2015. Resenharemos a seguir mais um filme corajoso dirigido pelo chileno Pablo Larraín. Após da obra No, que aborda os descasos e injustiças da ditadura militar no Chile, o cineasta agora vêm com mais um calcanhar de Aquiles da humanidade: A pedofilia na igreja, e em todas as igrejas, não só a católica. Como enredo temos uma estranha casa de campo localizada na costa chilena onde abrigam-se alguns senhores com gostos atípicos, tais como gostar de corridas de cães e criar alguns para tal finalidade. No grupo da casa tínhamos ainda senhores mais insanos e perguntávamos porque estavam naquela situação longe de tudo e praticamente de todos. Para completar tinha-se na casa uma mulher misteriosa que era tipo a administradora do abrigo ou seja lá que nome possa dar aquele local. A tensão ou o tiro máximo do arco narrativo sucede-se quando um outro homem, supostamente outro padre, chega para morar no local. A cidade era pequena e quase vazia, porém quase, mas nem tanto. O clím

As Sufragistas

As Sufragistas , dirigido pela Jovem britânica de 45 anos Sarah Gavron , Reino Unido, 2015; com Meryl Streep e Carey Mulligan como protagonista. O segundo filme da cineasta , sendo que o primeiro foi Um Lugar Chamado Brick Lane, de 2007, mas este seu último e até agora segundo filme é um chamariz de público pelo tema que aborda. Confesso que criei uma certa expectativa para conferi-lo, entretanto ter um bom tema para uma obra fílmica é uma coisa e o filme ser de fato bom já são outros “quinhentos”. Deixando de enrolação o tema do filme é o direito do voto para as mulheres em uma Inglaterra no início do século XX. A conquista desse direito aconteceu em solo inglês em 1925, entretanto para chegar-se a esta vitória feminina ao simples direito de votar em seus governantes muitas águas e problemas sucederam-se. As sufragistas, nome que inclusive é o título do filme , era um grupo de mulheres que lutavam por este direito em um Reino Unido bem machista e preconceituoso onde mulher tinha

Narcos – Primeira temporada

Narcos – Primeira temporada , de vários diretores, incluindo os brasileiros José Padilha e Fernando Coimbra, EUA,2015. Vários diretores por se tratar de uma série com dez episódios em sua primeira temporada. Pelo sucesso que fez a segunda temporada está garantida esse ano no NetFlix. O seriado pincela de maneira bem competente a vida do maior traficante de todos os tempos: O colombiano Pablo Escobar. Estamos nos referindo a quase dez horas de episódios dissecando a vida de Pablo e as suas consequências, por suposto. Quem tem a responsabilidade em fazer o Narco número um é o ator brasileiro Wagner Moura. A tentativa dele em colocar Pablo como o comandante Nascimento do filme Tropa de Elite é demasiado errado, porém não podemos afirmar que o ator massacrou a imagem de Pablito, mas fato é que alguns tiques, como por exemplo sempre ajustar as calças para cima do umbigo deu a sensação que a cada situação de conflito Pablito com aquele tique nervoso de certa maneira mostrava medo do que avin

Atrás do Trio Elétrico Só Não Vai Quem Já Morreu.

Foi atrás de um trio elétrico e com muita cerveja tomada é que senti uma sensação de baianidade que jamais me esquecerei. Isso deve fazer uns cinco anos, alguns anos depois que disse não a São Paulo e voltei a Salvador. As dúvidas estavam reinando meus pensamentos; será que tinha tomado a decisão correta? Certa ou não estava de volta a Bahia e o carnaval me chamava. Estava na merda pensando em Sampa e meu pai consequentemente. Resolvi deixar as dúvidas de lado e aceitei o convite de um primo para ir para Ondina aos quarenta e cinco do segundo tempo. Adentramos pelo povão até próximo ao hospital espanhol, após o farol de Barra. Tínhamos lido no jornal que o trio sem cordas de Daniela Mercury era mais manso e a galera mais politizada, por isso não tinha tantas brigas e além de tudo era uma galera meio que “intelectual independente”. Ficamos tomando uma breja nas redondezas do farol e por via e vezes “bulindo” algum sorriso solto e gaiato de algumas que esperavam a atração, como nós. Quan