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Mostrando postagens de março, 2018

A Grande Jogada

A Grande Jogada ,  dirigido por Aaron Sorkin, EUA/China, 2018. A única coisa que não é falsa é o dinheiro: esta frase resume bem o filme. A obra fílmica, que tem uma pegada ultra verborrágica, fala de uma protagonista que já tinha sido atleta olímpica, mas precisamente na modalidade de esqui livre, todavia devido a um acidente em competição o rumo da sua vida muda totalmente. Ela muda-se para Hollywood, e lá dorme em um sofá na casa de um conhecido por três meses, sem troca alguma. Quando, repentinamente, é atropelada, consegue um emprego de secretária do homem que a atropelou. O trabalho deste homem era em organizar mesas de pôquer para celebridades do mundo dos negócios e do cinema na capital californiana. Inicialmente ela passa a ligar para os caras e marcar os jogos de azar em lugares que não dessem muita bandeira, apesar de não estarem, ela e seu chefe, fazendo nenhum negócio ilegal, até então. Gostei da montagem do filme, ora nos colocando em flashbacks ou ora nos colocando em

Lady Bird – A Hora De Voar

Lady Bird – A Hora De Voar, dirigido e escrito pela Greta Gerwig, EUA, 2018. Não quero, nem vou, dar nó em pingo d’água. Trata-se de um filme de mediano pra ruim. Muito me admira que a obra “obrada” concorreu a quatro indicações ao Oscar; Roteiro ( brincadeira!); Direção, melhores atrizes : Principal e Coadjuvante, onde a última engole a tímida e “testalenciosa” protagonista. Todavia vamos a uma breve sinopse: uma garota de dezessete anos , moradora de Sacramento, estudante de um centro católico, com um meio irmão meio mexicano e um pai desempregado, e ainda uma mãe enfermeira que não sabia trocar boas ideias com ela. O resultado de todos os aspectos citados na cabeça da moçoila é previsível, assim como o raso roteiro do filme, ou seja, Christine só pensa em passar em uma faculdade e se mandar da sua cidade natal, deixando todos aqueles parentes inconvenientes. Em síntese o filme tenta mostrar o último ano de colegial dos estadunidenses através das descobertas hormonísticas sob o pon

Trama Fantasma

Trama Fantasma, escrito e dirigido por Paul Thomas Anderson, encabeçando o elenco: Daniel Day-Lewis, EUA, 2018. Não sei se vocês já repararam, mas estamos fazendo críticas de todos os filmes que foram indicados na categoria de melhor filme ao Oscar 2018; e de todos, até agora, o mais difícil de escrever foi este. Primeiro porque estamos vendo um filme com, simplesmente, o melhor ator do planeta ( Daniel Day-Lewis ), este que já anunciou que foi seu último filme, ou seja, uma perda incalculável para sétima arte, porque ele era o melhor mesmo. No tocante ao filme, o defini como “difícil” por vários aspectos, dentre os quais acho mais prudente destacar nós mesmos, ou trocando em miúdos: a arte ou o desespero de entregar-se a outra pessoa, com suas causas e consequências, obviamente. Estamos na Londres do inicio dos anos 1950, onde o protagonista, o gênio ator Daniel, é o maior costureiro e também requerido pela realeza britânica e os seus inúmeros puxas-sacos. Uma pessoa com um talento

Me Chame Pelo Seu Nome

Me Chame Pelo Seu Nome, dirigido por Luca Guadagnino ( onde faz, sem dúvida, seu melhor filme ), Itália/Brasil/França/EUA, 2018. Baseado no livro homônimo de Aciman André, o filme foi indicado a quatro categorias no Oscar, inclusive a de melhor filme, mas só obteve êxito em uma: a de melhor roteiro adaptado, e com méritos, escreva-se de passagem. Estamos em uma linda cidadela interiorana de veraneio na Itália, em 1983. Chega à cidade um estadunidense, de 24 anos, convidado por seu orientador acadêmico: o pai do protagonista: este em questão um jovem que fala três línguas e ainda por cima toca incrivelmente bem piano, e isso com apenas 17 anos de idade. Os primeiros 57 minutos do filme narra à rotina de um típico verão ensolarado e agradável para ficar em água, ou melhor, na água a fim de refrescar-se do calor. O ponto de virada do filme surge quando o protagonista começa tomar coragem e paquerar o visitante. É fundamentalmente importante salientar que, apesar de ser um filme de temát

Corra !

Corra ! ( Get Out ! ), escrito e dirigido por Jordan Peele , EUA, 2017 . Vencedor como melhor roteiro original no Oscar, o filme têm uma temática híbrida que envolve suspense e terror ao mesmo tempo. Porém, e sempre tem um “porém”, a narrativa fílmica é exítiva em apenas ¾ do filme, ou seja, em 75% da obra. O que não funciona é o que, justamente, não poderia não funcionar, ou seja, o seu desfecho.   Os 15% restantes do filme não se explica, ou trocando em miúdos: todos aqueles 75% vistos pedem as respostas destes 15% a serem finalizados, e, todavia estas respostas não surgem ou não acontecem. Mas vamos aos fatos: um casal comum, formado por um negro e uma caucasiana, são impelidos ou convidados a passar um fim de semana na casa dos pais da namorada; e a partir daí: coisas estranhas surgem. Pelo simples fato de fumar o rapaz negro é praticamente obrigado a “curar-se” sob ou através de hipnose feita pela sogra que acabara de conhecer. O método é peculiar: através de rodadas de colher

Eu, Tonya

Eu, Tonya; dirigido por Craig Gillespie, EUA, 2018. Quem vive na ou com a violência é consequentemente acometido a agir violentamente. Esta frase denota a síntese da protagonista: uma ex -atleta olímpica, que no filme, narra ou documenta sua própria trajetória, esta ao ponto de ser em determinado momento como a figura mais falada, depois de Bill Clinton, nos EUA dos anos 1990. A cultura daquele país cultua peculiaridades, tais como: alguém tem de ser amado ou odiado, caso contrário a monotonia imperaria nos demais habitantes. O sonho americano requer de cobaias a fim de os outros rirem e seguirem a sua corrida pessoal para com sua evolução material. Entretanto voltemos ao filme e, sem medo de sermos felizes cravamos uma característica bem peculiar do filme, que é de a obra fílmica em questão ser uma obra documentada pelas próprias pessoas envolvidas com o caso. Peculiar porque mistura-se passado e presente, assim como atores e personagens reais. A edição e a montagem do filme são ex

O Destino De Uma Nação

O Destino De Uma Nação , dirigido por Joe Wright, Reino Unido, 2018 . “ Não negocio com fascistas em prol de nazistas”. Esta fora uma das inúmeras frases marcantes do protagonista: Winston Churchill, primeiro ministro britânico no período que eclodia a segunda guerra mundial. A personagem rendeu ao ator Gary Oldman a estatueta do Oscar , e com méritos. O filme logrou êxito, também, como melhor maquiagem na premiação. Em síntese temos um filme que gira em torno do seu protagonista: e funciona. Não existe espaço para atores coadjuvantes, afinal o único que “daria”, e deu, “testa” com Hitler foi mesmo o Churchill. Falando em fotografia, o filme é um desastre por ser demasiado escuro. Quando tinha-se uma luz , ela ia de encontro ao rosto gordo do ministro, e por isso apelidado como porco por sua esposa , que pouco aparece, e ajuda as grandes decisões que o protagonista teria, e teve, de tomar. Escrevendo em números tínhamos quatro mil homens para resgatar trezentos mil outros soldados na

Altered Carbon

Altered Carbon , da Netflix, EUA, 2018. Em um futuro ( 2437) distópico, com uma temática Cyber-punk a nova queridinha da Netflix: Altered Carbon ou em bom português: Carbono Alterado mexe de tudo um pouco no que se refere a como nos podemos a nos transformar futuramente diante e devido a tecnologia. São dez episódios, com média de uma hora cada, nos jogando em tela argumentos suficientes para afirmarmos: isto aqui, leia-se espécie humana é ou foi um projeto fracassado. Porém de introdução vamos esquecer da síntese e da retórica tese que a série se propôs a nos contar , e talvez mesmo por isso, vamos ao fatos da série, este que nos fez adiantarmos o resumo da série que teve, até agora, mais publicidade na história das séries do canal de Streaming. Lembro-me que fui acometido a vê-la justamente por esse fim, ou seja, pelos inúmeros outdoors na cidade em que vivo: Salvador. Se aqui o apelo propagandístico fora tão exponencial assim imagino, então, em outras cidades de maior porte e pujanç