O Destino De Uma Nação
O Destino De
Uma Nação , dirigido por Joe Wright, Reino Unido, 2018. “ Não negocio com fascistas em prol de nazistas”. Esta
fora uma das inúmeras frases marcantes do protagonista: Winston Churchill,
primeiro ministro britânico no período que eclodia a segunda guerra mundial. A
personagem rendeu ao ator Gary Oldman a estatueta do Oscar , e com méritos. O
filme logrou êxito, também, como melhor maquiagem na premiação. Em síntese
temos um filme que gira em torno do seu protagonista: e funciona. Não existe
espaço para atores coadjuvantes, afinal o único que “daria”, e deu, “testa” com
Hitler foi mesmo o Churchill. Falando em fotografia, o filme é um desastre por
ser demasiado escuro. Quando tinha-se uma luz , ela ia de encontro ao rosto
gordo do ministro, e por isso apelidado como porco por sua esposa , que pouco
aparece, e ajuda as grandes decisões que o protagonista teria, e teve, de
tomar. Escrevendo em números tínhamos quatro mil homens para resgatar trezentos
mil outros soldados na praia de Callais, na França, esta já tomada pelo
exército nazista. É interessante fazer uma comparação com um outro filme, que
também concorreu ao Oscar: Dunkirk. Enquanto o último citado narra a segunda
guerra sob o ponto de vista, e “ponto de vida”, dos soldados, já O Destino De
Uma Nação narra a guerra sob o olhar de quem decide os rumos da guerra: os
políticos. Estes que torciam o nariz pela nomeação do ministro Churchill por
ser um homem de “pavio acesso”, ou charuto sempre acesso. Fato é que o inicio
do filme tem toda essa delonga de aprovação do protagonista enquanto Hitler ia
devastando tudo que vinha pela frente, que mais “tardá” isso significou
primeiramente Bélgica e Holanda, e logo após a grande aliada da Grã-Bretanha: a
França. Se não fosse a coragem e o talento político de Churchill, hoje
viveríamos, certamente, outra realidade. Não acredito que o Nazismo imperaria
ainda nos tempos de hoje, caso Churchill não chamasse política e
estrategicamente Hitler “pra mão” na segunda grande guerra. Mas que, com
certeza, teríamos outras influências, isso sem dúvidas, e para pior, apesar do
capitalismo herdado pela Inglaterra e por Churchill, e não necessariamente
nesta ordem. A História está aí para ser contada, e pra quem gosta do tema: o
filme faz isso com maestria.
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