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Mostrando postagens de março, 2017

Se Deus Vier Que Venha Armado

Se Deus Vier Que Venha Armado, de Luis Dantas ( seu primeiro filme), Brasil, 2015. O título do filme fora retirado de um trecho do livraço Grande Sertão: Veredas, do mineiro e ícone literário Guimarães Rosa. A narrativa conta os verídicos episódios ocorridos em 2012 na maior cidade da América latina: São Paulo. O PCC peita mais do nunca dantes a polícia e muitos inocentes e policiais morrem neste episodio real que o filme narra. Misturando ficção com realidade temos o um detento que tem o final de semana dos dias das mães em liberdade, sendo que este nem mais mãe têm; buraco de roteiro ao qual a narrativa não o conserta e por isso ressalvo. Entretanto quando em liberdade tal detento entra, interpretado pelo eterno moleque do filme Central do Brasil, Leonardo de Oliveira, este tem de fazer um certo servicinho ao PCC e mostrar a sua coragem a facção, que é matar o máximo número de policias que puder nestas 72 horas de liberdade. Para juntar a fome com a vontade de comer um “puliça” mat

Manchester a Beira Mar

Manchester a Beira Mar , dirigido e roteirizado por Kenneth Lonergan, com Casey Affleck, EUA, 2017. O filme não faz refletir alguns questionamentos. Por exemplo: somos ou estamos pré-determinados a sermos simpáticos; não podemos entrar em nossos escritórios com a cara feia só porque você brigou com a esposa. Ou seja: preciso de uma máscara para viver socialmente e ser aceito e o filme reverbera este assunto através do seu protagonista de forma totalmente oposta ao qual estamos acostumados a presenciar. O irmão caçula e oriundo do teatro do ator comediante Ben Aflleck faz um sujeito que tinha como premissa de profissão desentupir canos e, no entanto era uma espécie de sujeito que, a primeiro olhar, entrava na turma dos desencanados para tudo e todos. Entretanto em um olhar mais aguçado, e isto só acontece quando o filme vai do meio para o seu final, então agora vemos que não se trata de ninguém desencanado, muitíssimo pelo contrário, ou seja, o sujeito era tão encanado que nada poderi

Pixote: A Lei Do Mais Fraco

Pixote: A Lei Do Mais Fraco, de Hector Babenco, Brasil, 1980. Aqui está o embrião do que viria a ser anos mais tarde o filme mais conhecido do diretor argentino-brasileiro: Carandiru. Adaptação da obra literária do médico e escritor global Dráuzio Varela. Começando do fim ao início temos a cena antológica de Pixote mamando uma das tetas da Sueli; uma prostituta pseudo cúmplice de Pixote e seu bando. Sueli passava pela fase de depressão pós parto, e Pixote ,por sua vez, nunca tivera esta ou alguma vez para ter alguém em chamar de mamãe. Alias teve sim, mas por pouquíssimo tempo, já que fora abandonado pela própria e entregue a Febem. E o filme inicia-se na Febem. Imagino como foi preparar estes não atores mirins ou pré-adolescentes, já que na época não existia um preparador de elenco, ou seja, o próprio estupendo Babenco é que fez o laboratório com Pixote e a meninada, fato este que o entristeceu ainda mais quando soube que o ator que interpretava o Pixote tinha dado cabo da sua própria

Silêncio

Silêncio,  dirigido e corroteirizado por Martin Scorsese com  Andrew Garfield e Liam Neeson;  EUA, Itália, Japão, México, 2017. Saibamos que o diretor é um assíduo e fervoroso católico, então não é surpresa o tema do filme, este o cristianismo, ou melhor, as “entradas” em terras virgens de padres a fim de propagar a ideia do salvador dos homens da terra, e isto por consequência ocasionará inevitavelmente nós como filhos de Jesus, fato este que acarreta uma divida existencial eterna onde só temos um caminho: seguir a ele, Deus ou Jesus Cristo, porque sendo o pai ou o filho a sua divida continuará sendo eterna. O enredo se baseia na premissa em tentar achar um padre jesuíta católico português que fora pregar o evangelho no Japão e nunca mais se soube alguma notícia do aventureiro evangélico. Dois fervorosos discípulos seus conseguem autorização da igreja católica do Vaticano em tentarem entrar no País oriental em pleno século XVII, ou seja, no período em que os portugueses eram os reis

Andante

Lá vai o andante novamente. Basta o sol dar o seu “ar das graças” que ele aparece. Chega todo marrento, cheio de óculos de grife e boné de marca de pantera. Chega com a cara de mau, não sei se pra manter a sua fama de mal ou somente por conta da dor de um corpo acostumando-a com as alegrias e dores da atividade física diária. Fato, pois com este o argumento não tem o menor poder ou força, lá vem o rapaz com um sorriso no rosto de semi-gordo, ou a caminho disso, que está feliz, apesar da dor, em acordar antes do sol e a este presentiar-te e presenciar-se com seu nascer tendo como pano de fundo o oceano atlântico, que a partir deste fomos “bussolâdos” a trancafiados, de certa maneira. A maneira que o ser andante tem de encarar a vida é que, somente andando, sem sol ou com ele a pino e de uma desgraçada força, é que caminhámos mais dignamente na vida ou à vida. Diferente do cliclista ou do corredor o andante é ser um ser peculiar. Não interessa quantos quilômetros andou em quantos minuto

Cerâmica I

Universidade Federal da Bahia Escola de Belas Artes Título: O vaso Viking Subtítulo: Técnica primitiva e histórica para a confecção do vaso. Docente: Maria Conceição Discente: Diogo Berni Disciplina: Cerâmica I – Turma matutina Semestre: 2016.2 Corpo do memorial: 1.Introdução: Trata-se de uma tentativa, espero que exítiva, da confecção de vasos inspirados na cultura Viking do século VIII. 2. Escolhi a cerâmica Terracota e para retirar o oxigênio em bolha existente na argila, a bati( ou batiá-la ei) bastante até sentir que não existia porosidade no pedaço da argila que após a queima seria o vaso viking. 3. As referencias poéticas para o vaso é uma série chamada Vikings, onde esta disseca a vida e o modo desse povo que desbravou oceanos e conquistou terras de uma forma bem peculiar: na força bruta mais que habitual para época fazendo deles um povo temido e respeitado. A partir dessa sensação de força tentei transmitir, através das minhas mãos amassando a

Bem-Te-Vi.

Os Bem-te - vis da minha janela são maiores em comparação dos que vejo doutros lugares; são também gordos que, se fosse humanos seriam lutadores de sumô. As cinco da manhã consigo ouvir seus primeiros solos do que seria um cantarolar " Bem-Te-Vi" completo. Além disso são salvagens de modo que, quando algum mico tenta se aproximar nas redondezas da casa , eles os atacam em voos rasantes e óbvio: intimidantes até os micos perceberem que os ataques sessarão somente quando forem embora sem maiores machucados. As sete é ouvível os seus cantos no mais esplendor dos seus nomes: Bem-Te-Vi, Bem-te-vi!! Assim mesmo: duas vezes parecendo que fora uma de tão rápido que pronuciam. Em minha janela meus vikings são meus Bem-Te-Vis e na sua?