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Mostrando postagens de maio, 2011

Caminho da liberdade

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Espremendo o bagaço da laranja pra pegar só o caldinho, alguns bons filmes a serem discutidos. A sétima arte é mesmo envolvedora. Por mais que queira ignorá-la por vezes estúpidas, ela volta e se revolta como um liquidificador nos meus “ticos e tecos”, espremendo e enrolando assim como meias em uma máquina de lavar. Tive a concretização da consciência de que não posso ignorá-la, pois estaria ignorando a mim mesmo, mas deixo pra quem sabe fazer isso, e desisto da pretensão, se é que um dia já tive, de enveredar-me como participante do processo do cinema. Falando em paixão, assisti uma coisa extraordinária hoje, onde temos a noção te tanto de gente ordinária que nos rodeia, sem trocadilhos, apenas uma constatação. O filme é o Caminho da liberdade, do Peter Weir, USA 2010, onde prisioneiros migram da Sibéria até a Índia. Isso mesmo, uma puta de uma caminhada que cativa do começo ao fim, e por isso a constatação de hoje, estarmos ao redor de pessoas ordinárias, sem pudores, sem valores e p

Cadê a merenda?

Hoje, assisti a dois filmes e algumas coisas desinteressantes, nas quais, dá vontade de mudar de país. Essa parada de superfaturamento em merenda escolar em todo país é de doar na alma, pois mostra como ainda somos primitivos. Não que isso só aconteça no Brasil, mas são tantas as “catástrofes políticas”, que chega uma hora que dá vontade de se picar daqui. Quando não é na educação, é na saúde, quando não , é no meio ambiente, só faltando raspar os pelos dos sovacos dos brasileiros tamanhas são as devastações na floresta amazônica, isso sem falar na máfia dos alimentos transgênicos, e o pior: todos esses “ladrões superfaturados” estão no poder ora freqüentemente exercendo cargos públicos ou ora por acordos ditos como terceirizados. O governo federal se pronuncia contra acordos entre empresas terceirizadas e prefeituras ou governos estaduais. Mas ao mesmo instante, não cria outra opção para que esses acordos (diga-se: necessários para a máquina funcionar) aconteçam. Já pensou em como uma

Reencontrando a felicidade e A garota da capa vermelha

Em Reencontrando a felicidade , de John Cameron Mitchell 2010, USA e protagonizado e produzido por Nicole Kidman. EUA/2010 observei mais uma produtora atuando, ao invés do contrário. O filme é intrigante, conta a estória de um casal que recém perde seu filho e busca forças para seguir adiante. Monótono às vezes, porém sempre cargamente denso a película observa a questão da evolução, do perdão, e talvez da não-razão em suma. Explicar a não razão, é concluir ou ao menos não ignorar novos horizontes planos, como mundos paralelos, que é o quê a ciência não racional chama de física quântica. Enquanto um personagem do casal tenta, de forma menos convencional e por isso mais sofrível "entender" e aceitar a perda do filho por um atropelamento de um adolescente bom, o outro, o homem, abre mão de “sofrimentos menos racionais”, ou porque ele não tenha essa capacidade de compreensão da perda da vida mesmo. O fato é que Reencontrando a felicidade, apesar da sua protagonista parecer estar

Osama e Obama

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Vou “pitaquear “sobre o assunto do momento: A morte do Osama pela reeleição do Obama. Pelas minhas informações, desde agosto do ano passado, o Obama sabia onde escondia-se o Osama, e porque então não atacou logo quando descobriu o esconderijo de luxo a 700 metros de uma brigada militar paquistanesa? Simples: Por pura estratégia política. Se o Osama fosse morto em agosto de 2010, as pessoas poderiam esquecer em 2012 nas eleições . Estrategicamente foi melhor aguardar uma data mais próxima das eleições para a emboscada. E porque então o Obama não esperou até dezembro desse ano para atacar então? Pura ansiedade norte-americana, visto que o cara estava no lugar há três anos. Ele poderia migrar? Sim, sempre há essa possibilidade, mais pouco provável. Ou seja, a morte de um cara que já foi importante para o terrorismo da AL - Queda, e há algum tempo não era mais, foi um ato político puro de reeleição da candidatura do atual presidente norte-americano. Quando escrevo que ele já foi important

Como esquecer

Como esquecer, da Malu de Martino 2010, é um bom denso drama nacional. Protagonizado pela belíssima Ana Paula Arósio, a película mostra o interior das pessoas, as suas angustias e decepções; não é um entretenimento alegre, longe disso, aborda a fraqueza humana, por mais que pareça a protagonista uma fortaleza de maturidade. Ao pensar maturidade, associamos a sabedoria, o que não sempre assim. A película mostra uma protagonista atordoada em um mar de ressentimentos pela perda de sua esposa. Apesar de culta, fria, egoísta, ela sofre pela solidão, jamais imaginaria que pudesse doer tanto, mas sente e quase chega ao suicídio. Sem sombras de qualquer parâmetro de comparação com estórias desse gênero, o filme mostra de maneira visceral como uma perda pode ser o fim, ou um intenso e constante ato de automutilação por punição de uma coisa que nós, simples mortais, não temos o poder de mudar, a morte de uma pessoa querida. Enfim, ela consegue tocar sua vida adiante com outra pessoa permitindo

Água para elefantes e o poderoso chefão II

Gostei da lúdica película Água para elefantes, do Francis Lawrence 2010. Por vezes é bom sair da realidade, mesmo que seja a realidade ficcional que de certo sentido tenta imitar a vida real. Nesse filme não existiu isso, pois se tratava de um mundo a parte: o Circense. Mundo imaginário, mas real ao mesmo tempo, senão porque então eles existiriam? Só acharam ou quiseram viver de uma forma um pouco menos moralista. Sobre a película, e não o “mundo da película”, és uma comovente estória de amor e de vida dos personagens. Pessoas que praticamente que “caíram”no mundo circense por forças de circunstâncias da vida ou a falta delas. O filme aborda a relação do homem com a ganância, com os animais e com a amizade. Além dessas abordagens, mostra uma estória de amor que para os mais céticos só caberia no mundo atípico deles, mas para este que vos escreve acha que és total e fortemente “ viver”estórias de paixão e amor nos dias atuais, apesar de Obama matar Osama e a Cláudia Ohana não me dar a