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Mostrando postagens de agosto, 2018

As mulheres que ainda não conheci

Se tive até agora alguma paixão, esta fora pelos cães. Tive inúmeros e cada um teve um valor sentimental enorbilíssimo.   Por isso mesmo se tem uma coisa que não entendo é a briga de casal: para mim, com minha sensibilidade, se for pra brigar, melhor que acabe antes. Mas o ser humano, e a mulher, especificamente, é interessante: as vezes não brigam por nada. A mulher é histérica por natureza, e talvez faça isso delas ser o complemento que o homem ( tanto ) precisa. Sim, me apaixonei algumas vezes. Talvez por minha aptidão esportiva acima da média ou só por, talvez, uma mera imaginação; fato é fiquei amarradão por uma figura que me viu me jogar nos maiores caixotes do litoral sul do estado de São Paulo. A onda era tipo “vai se fechar logo”, e me metia nela e pegava os melhores tubos naquele verão. Lembro que naquele verão, dos meus dezessete anos, não fiz força nenhuma pra beijar aquela princesa riquerríma paulistana que tinha casa de praia no sul do estado em que ela vivia. Quando so

A Vida

     Apesar de ter duas graduações, mas a escola que aprendi mesmo foi a de Itapuã, em minha adolescência: ensinamento este que perdura-se até os dias de hoje, pois conhecer-se a si mesmo não tem data nem tampouco tempo para devolução. Em Itapuã embrenher-me , aos meus completados recentemente 16 anos, ao mundo da procranástia junto ao descobrimento do meu verdadeiro poder de masculinidade, pois até então acontecia uma sacanagem infantil, do futebol selvagem, com uma garota-macho que dava geral para a comunidade em que , inclusive eu era uma voz importante a ser ouvida, por ser bom no futebol ou por ser uma pessoa em formação que fazia interações e até trocava informações com pessoas influentes do bairro, e que suas intenções fossem divulgadas, e principalmente implantadas no bairro -cidade em que vivia.   Fato é que cresci e ainda vivo neste mesmo bairro, onde este mesmo que fora um puta privilégio em crescer, agora se torna um insuportável local, onde vivem-se idosos e nada mais. Poi

A Barba

Quando , não habitualmente, faço a barba: dia sim, dia não, me sinto sem identidade: é como se minha barba fosse meu RG, e eu não tivesse que explicar quem eu sou em qualquer recinto que fosse, pois a barba estava lá pra dizer quem eu era e o quê queria. Agora, desbarbado, com carinha de neném, tenho de explicar minhas intenções e desintenções. Ela começa e crescer e fico pensando se farei a mesma traíragem que a fiz desde a última vez em que ela se encontrou grandíssima, e de uma hora pra outra, tentei aparar com a tesoura, e devido a buracos, acabei raspando a porra toda. No Brasil estamos no inverno, e não penso em cortá-la até pelo menos a chegada do verão. As veredas começam a dar as caras após uma gilete de dias. Antes de raspar minha barba, de quatro meses de cultivo, achava que não rasparia nunca, mas com um conselho de uma tia em somente apará-la , acabei dando fim nela. O problema é a chegada do verão, principalmente aqui em Salvador. Quando a barba começa e ficar grande,

Verme

Bateu vontade de comer pipoca, fui a despensa e, com rabo de olho, vejo um último pacote fechadinho do grão. Quando abro encontro um verme: branco, grande, se debatendo sob os grãos; e isso já com o óleo estourando na panela esperando os grãos daquele milho duvidoso. Baixei o fogo e pensei: será que vou me dar mau comendo esse maldito milho de pipoca, porque aquele verme já deve ter andando e contaminando todos aqueles grãos, mas aí apostei na fritura do milho até que ele virasse pipoca e pondo um fim sob qualquer circunstância de me dar mal comendo aquilo, afinal o fogo não queima tudo? Bom, é o que dizem. Nesta tratativa de pensamento para comigo mesmo, comi a pipoca sem culpas, mas enquanto comia ficava pensando no verme branco. Recordo que, enquanto criança pra pré-adolescente chamaram-me de verme por ficar muito tempo dentro d’água, alucinado, naquele tenra idade, com minhas primeiras manobras em uma prancha de surf nas marolinhas (que pra mim eram enormes) de Salvador, mais esp

Sobre Cachorros

Lembro quando perdi meu primeiro cachorro, aquele em que diz: esse eu sou o dono número um dele, e não meus irmãos. Ora pois, perdi ele por uma puta sacanagem de alguém os ter saltado pra rua e o bichano não ter sabido voltar e adquirir outro dono, ou até viver na rua. Esta foi uma das minhas GRANDES perdas, mas só que não a mais forte, mas foi uma das primeiras. Nominei-o como Max; uma óbvia homenagem ao líder da banda Sepultura da época. Max foi meu primeiro filho aos dessésseis anos de idade. Era o fruto da união de um cão muito popular pelas minhas redondezas, com a cachorra da minha irmã: uma Cocker misturada com vira-latas que meu pai nos dera na Boca do Rio, mas só que como era aniversário da minha irmã ela, então, se auto-entitulou como dona da magrelinha, pretinha que chamamos por Laika. Sim, uma espécie de homenagem a primeira cachorra que visitara a Lua, e acho que a única, talvez. Enfim: a Laikinha ou kinha somente, se uniu com o cão galã do bairro e dessa união saiu o me