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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

A invenção de Hugo Cabret

Li algumas críticas sobre o filme A Invenção de Hugo Cabret , de Martin Scorsese - 2012 , e todas são unânimes em afirmar que a película ganhará domigo agora com "os pés nas costas" o Oscar de melhor filme e outras estatuetas mais. Não discordarei dos meus colegas de profissão e acho que ganhará a estatueta de melhor filme também. Porém, também sabemos que para os amantes da sétima arte ou os cinéfilos de plantão, seja em qual data for: carnaval, natal, etc, que o Oscar não serve muito para padrão de classificação se uma película é de fato boa, média ou ruim. Partindo desse principio temos A invenção de Hugo Cabret, um filme que está “léguas a frente” dos seus adversários, pois além de tocar nos melindres das infâncias perdidas de nós, adultos, tem um super roteiro que conta e homenageia com competência a estória do próprio cinema criado pelos irmãos Lumiere na Paris antiga. Não saí suspirando do cinema como alguns colegas de profissão saíram, mas de fato a película toca no

Fúria de titãs

Fúria de titãs, do Louis Leterrier, 2010, EUA, Inglaterra, é um remix mais tecnológico do filme feito em 1981 pelo animador Ray Harryhausen, que logo em seguida se aposentou. Seria porque encheu tanto o saco dele essa pelicula? Pois bem esse que vi, o de 2010, é um baita besteirol diferente, besteirol esse que nos faz voltar a Grécia antiga, quando escrevo antiga,leia-se A.C., com os deuses Poiseidon, Zeus e outros no comando da situação. De Zeus, vemos a mola propulsora do filme com este sendo um baita galinha e pegador das esposas dos irmãos alheios. E aí, e só aí, que o protagonista, Sam Worthington, o tal do Perseus entra na parada como o filho de Zeus com uma das esposas de um irmão seu, o Deus mais forte depois dele, óbvio. O tal Perseus: metade homem e metade Deus; acaba por ser duplo, causando inveja para os humanos e desconforto para os deuses. Besteirol também é cultura. Soube que vai ter o II da saga em 13 de abril ainda esse ano, então boa sorte pra quem tiver a coragem em

O artista

O artista , do Michel Hazanavicius, 2012, França/Bélgica, sai do gênero comum dos filmes de hoje através do cinema mudo, por isso tenta imitar ao Chaplin, mas não de forma tão genial. Sei que muitos gostaram, mas um filme desses ter dez indicações para o Oscar soa quase como uma piada. A estória aos meus olhos é a seguinte: Aquela mesma que você leu na sinopse, e somente quase isso, com um acréscimo “roteiral” ali e outro acolá e nada mais. Por ser tão obvio, fiquei atento ao final pra ver se valia o ingresso. Pois bem, o final foi o melhor, porém ainda assim não salvou os 100 minutos da película. Uma coisa o filme merece: ganhar a estatueta de melhor trilha sonora e nada mais.

Millennium - Os Homens que não Amavam as Mulheres

Millennium - Os Homens que não Amavam as Mulheres (2011), EUA dirigido pelo David Fincher é um baita drama bacana de se ver, apesar de ter quase três horas de película, esta envolve e não te deixa de saco cheio, pois a produção rodada na Suécia é ágil nos seus diálogos , comovente e instigante com seus personagens. Personagens estes que são uma mulher racker e um repórter experiente. existem certos filmes em que o parto de uma resenha é difícil, pois bem, este é um deles, pois mexe em preconceitos ou conceitos até hoje utilizados por teorias racistas. A estória é a seguinte: na família mais rica da Suécia em todos os seus tempos existe um serial-killer de mulheres. A película de tão rica que é, por abordar preconceitos cutuca a bíblia e o cristianismo de rebarba também , pois todas as mulheres mortas por esse misterioso assassino tem nomes bíblicos. O filme é tão bom que até seu protagonista, Daniel Craig se torna em bom ator, porém marcante e cativante mesmo foi a atuação da sua atr

A música segundo Tom Jobim

Com a duração de uma partida de futebol, o filme A Música Segundo Tom Jobim (2012), do Nelson Pereira dos Santos é um primor. Não existe nenhum dialogo ou legendas dos nomes das músicas e dos músicos, são 84 minutos de boa música sem intervalo. É um musical com toda a pompa da palavra. Não vou contar sobre esse “musical-filme” pra não estragar a boa surpresa, porém tem uma passagem que vale ser ressaltada como a parte ou interpretação da musica mais bonita da película, que é quando Tom e Elis em um puta microfone com fones de ouvidos enormes cantam Águas de março, nossa que coisa linda o tom do Tom e a voz da Elis se entrecruzando em uma harmonia que, se existir perfeição, eles conseguiram chegar até ela. Vi e agora entendi quem é a grande referência musical e talvez humana do Chico Buarque de Holanda: o grande poetinha, como o Tom o chamava, Vinicius de Moraes, este quando morava em Itapuã fui comer bolo na casa dele com ele quando era moleque. Poesia, a salvadora da existência huma

Curtindo a vida adoidado

Quero comentar sobre um filme que marcou a minha infância. Curtindo a vida adoidado , do John Hughes , 1986, protaginizado por Matthew Broderick é um besteirol norte-americano, sem pleonasmos, que sem dúvidas foi repetido em outras comédias como, por exemplo: Esqueceram de mim, inclusive copiando não só a idéia principal como cenas também. Quando cito que esse filme foi um marco, pois através dele, pelo menos para a minha pessoa, passei a me tornar mais transgressor no que se diz respeito às regras educativas, e me alertando que o verdadeiro ensinamento não está em sala de aula, mas sim na rua; ensinamento este pra vida, pra se dar bem nela, não simplesmente pra passar numa prova de concurso publico e ser infeliz ou preso pelo resto dos seus dias. Não tenho o porquê de mentir, mas sempre me emociono com essa comédia besta por dois motivos, o primeiro é por lembrar-me de um tempo em que não volta mais, a infância e suas decobertas e o segundo é por sacar a mensagem principal da película

Os descendentes

Os descendentes, do Alexander Payne , 2012, EUA- Confesso que não sou muito fã do George Clooney como ator e principalmente como diretor, e não vi uma atuação de gala dele, como andam especulando que ele vai ganhar o Oscar, assim como já ganhou o globo de ouro. É por essas e outras que meu embasamento e reflexão a sétima arte não gira em torno das indicações e premiações destes festivais citados, onde sempre o lado das estórias norte-americanas e inglesas são mais colocados em alta. A mim não, prefiro confiar em festivais como os de: Veneza, Sunddance (o underground norte-americano), Cannes e Berlim. São destes que destaco os melhores filmes do ano pra se assistir e deliciar. Em relação aos Descendentes a película não é de toda ruim, acho que pelo padrões cada vez mais norte americanos do Oscar, ganhará algumas estatuetas, incluindo a de melhor ator ao Clooney, que é um havaiano, que com o casamento acabado, e vendo a sua esposa traí-lo e em coma terminal devido a um acidente,não nece