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Mostrando postagens de agosto, 2011

Contracorrentes e A casa de Alice

Temos um filme bom a ser debatido; trata-se do Contracorrente, do Javier Fuentes-León. Com Tatiana Astengo, Manolo Cardona, Cristian Mercado. Peru, Colômbia, França, Alemanha/2009. Em uma ilha que fala língua castelhana e não é Cuba, começa a estória de um pescador com um fotografo, como pano de fundo um belo mar azul-esverdeado. Enquanto o pescador tem mulher, filho e não se descobre homossexual, o fotografo é o bem resolvido amante. Com esse enredo de ignorância, preconceito, amor, descobertas, alucinações e crenças de vida após morte a película veleja esta bem contada estória de amor, com pudor ainda infelizmente, mas com amor. Um brutamontes pescador ingênuo e um culto fotografo boa praça, onde um procura a essência do outro, pois ambos são opostos em todos os sentidos,e como opostos se atraem, já viu hein... O que deve comentar sobre a película é que a qualidade é boa desde roteiro, maquiagem, elenco e paisagem, recomendo. Aos machistas de plantão, tá por fora irmão, vá em busca

Maníaco

Os valores do politicamente correto mais uma vez ganharam a parada, dessa vez no filme Maníaco, do Jordan Melamed- 2001, por uma sociedade moralista que criamos, não sei o porquê cargas d’agua tanta falta de culhão pra eliminar esse tal moralismo que pode vir de fontes: religiosa, cultural, política ou comportamental (que é o caso da película), mas que o “bichinho “é forte não nos resta dúvida. O filme se roda em uma clínica psiquiátrica de reabilitação para jovens de 16,17 anos. O ápice peliculiano fica quando o principal orientador da clínica manda um sermão ao protagonista, e este que antes era violento, no instante em que se curva para as regras da clínica, entende-se que fica “curado” das coisas que fez antes ou que continuara a fazer na clínica. Porém minutos depois o tal protagonista depois de ser provocado por um outro “maníaco” reencontra o seu instinto natural de instigador e justiceiro e ele praticamente mata o seu algoz a socos. Como toda película que se preze, uma estória

Assalto ao banco central

Fica chato em comentar a um filme onde o diretor se encontra na UTI, com câncer do esôfago, que é o caso do Marcos Paulo, ator global e agora se envereda como diretor de cinema no seu primeiro longa-metragem: Assalto ao Banco Central. Mas como tenho papel de ser crítico de cinema e por isso me disponibilizaram uma coluna para tal, tenho de dar nota 1,5 a película. É aquela velha estória de que, nem tudo que tem “cara” que daria certo na ficção, as vezes não dá. Se pegarmos a notícia real do assalto do banco central em Fortaleza, com a idéia dos caras cavando um túnel e embolsando mais de 240 milhões de reais, achamos demais criativos. Não é que o filme seja ruim, até é bem feito. Porém faltam talvez elementos fictícios que quase todo filme que quer imitar uma realidade faz. Sem isso o filme se torna previsível demais, chato. Uma prova que novela é uma coisa, seriado de TV e outra e cinema é outro degrau acima, não dá pra empacotar tudo em um saco só.

Cult movies - Partes Usadas, Os limites do controle

Partes Usadas, do Aarón Fernández Lesur, 2007, foi uma boa surpresa. O feitiço virou contra o feiticeiro, onde todos são vitimas da miséria e de seus sonhos. Isso pelo fato de o roteiro abordar uma escravanização de um maior para com um menor de idade. Resumidamente conta a estória de Ivan, um mexicaninho de 14 anos que abandona sua labuta de lavador de carros para passar a ser roubador de peças automotivas com o sonho de, 9 entre 10 mexicanos pobres, que querem ter grana pra pagar a um coiote e levá-los aos USA e mandaram dinheiro para suas famílias a posteriori; nesse aspecto peculiar da grana, o protagonista adolescente se parece com o sertanejo que vai para São Paulo e Rio de Janeiro afim de mandar algum para os parentes duros, até em suas peles castigadas pelo sol e sofrimento. Filme que vale ser assistido, e porque não, digamos que poderíamos o classificar como a Cidade de Deus mexicana. Lealdade, amizade, ambição foram temas preponderantes dessa película mexicana com atuações

Geração Rivotril

Acabei de ver a Cidade de Deus, um dos melhores filmes feitos aqui no Brasil, senão o melhor. Não vou ficar em cima do muro em falar que é um dos melhores, pra mim e Zé pequeno, um dos melhores é o caralho: é o melhor, pronto falei, mas escrevi isso pra abordar outra estória que cabe a nós hoje desenrolar. É que na geração da ditadura, tinha a geração das drogas vulgo proibidas, batizadas por mim mesmo ( quem quiser pode descordar, eu deixo, mas te pego lá fora) da geração da maconha, isso a década de 70 até 90. Mas quando se chega ao ano 2000, pelas minhas observações sociais temos uma nova geração: a do Rivotril ou Lexotam, ou qualquer outro ansiolítico que sirva para nos freiar da ansiedade do capitalismo desenfreado e da globalização alucinógena. Não que a maconha, ou o álcool, ou a cocaína e outras drogas tenha acabado, pelo contrario: se surgem outras mais devastadoras como é o Crack e agora o Oxxy, mas essas drogas se têm menos adeptos pelo fato de que se pode agora com rece