Como esquecer

Como esquecer, da Malu de Martino 2010, é um bom denso drama nacional. Protagonizado pela belíssima Ana Paula Arósio, a película mostra o interior das pessoas, as suas angustias e decepções; não é um entretenimento alegre, longe disso, aborda a fraqueza humana, por mais que pareça a protagonista uma fortaleza de maturidade. Ao pensar maturidade, associamos a sabedoria, o que não sempre assim. A película mostra uma protagonista atordoada em um mar de ressentimentos pela perda de sua esposa. Apesar de culta, fria, egoísta, ela sofre pela solidão, jamais imaginaria que pudesse doer tanto, mas sente e quase chega ao suicídio.
Sem sombras de qualquer parâmetro de comparação com estórias desse gênero, o filme mostra de maneira visceral como uma perda pode ser o fim, ou um intenso e constante ato de automutilação por punição de uma coisa que nós, simples mortais, não temos o poder de mudar, a morte de uma pessoa querida. Enfim, ela consegue tocar sua vida adiante com outra pessoa permitindo se abrir novamente, mas em determinada pulsação de pensamento ela revê, e se faz só novamente, explicando que não poderia usar uma terceira pessoa como figura somente, estaria sendo interiormente injusta com a terceira e com ela. Bem “Nitcheniana” a película, tão profunda que ainda penso nela, e isto poderia dar mais algumas linhas como: porque existem pessoas pré-detreminadas a querer sofrer e outras que tem muito medo disso. Uns chamam isso de carma, outros dizem vá com calma!

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