Ainda Estou Aqui
Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Sales, indicação do Brasil ao Oscar 2025. Baseado no livro honônimo de um dos cinco filhos do ex-deputado Rubens Paiva; o escritor Marcelo Rubens Paiva. O filme , prêmio da crítica em Veneza ( um dos três principais festivais, juntamente com Berlim e Cannes ), aborda o desaparecimento do ex-deputado, em 1971 no Rio de Janeiro. Poucos dias após sua esposa e uma das filhas são convidadas a deporem sob alegação da família estar colaborando com ações subversivas em prol de um suposto golpe no regime militar vigente no país. A sensação que tive vendo o filme é que o Brasil ainda precisa de evolução acerca do tema, e talvez por isso, emociona tanto. Acompanhamos o acabamento de uma família feliz somente porque pensavam e tinham vontade própria, coisa que na ditadura tal fato era perigosamente obsceno para o “desenvolvimento” do País. A reboque o filme nos faz pensar se hoje estamos andando pra frente ao para trás na questão da liberdade de expressão, visto que todos os partidos políticos tem como premissa básica, o ficar no poder a todo custo, doa a quem doer. Se é de esquerda é comunista, se é de direita é fascista, e o centro não é nada. Ou seja: não existe inocentes na política, e tal questão nos chega ao homem em si, a sua existência. Será que este é digno de confiança, todavia é melhor confiar neles ou chamar os dinosauros para comandar a porra toda novamente( interrogação). Por sermos teoricamente instintivos-racionais ainda quero acreditar na espécie homo-sapiens, até mesmo porque é isso ou isto mesmo, não temos muitas opções a não ser tentarmos evoluir, embora o caminho seja duro, mas é o que nos resta: tentarmos. Sai muito emocionado do cinema, sabedor que a política foi a melhor e pior coisa que criamos, e esta trata-se do resultado da filosofia, ciências e tudo mais que criamos de melhor, embocando na prórpia política, e suas decisões, estas dependentes de quem está no comando, porque nas decisões políticas os rumos da humanidade acontecem e todos ficamos a mercê disto. O pensar ainda é a nosssa melhor opção e trunfo para colocarmos os melhores, ou menos piores, a nos representarem, porque afinal tudo é política, até mesmo o ato de nascer é um ato apaixonadamente político, então não morra na escolha do seu voto.
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