A trilogia do poderoso chefão

Sem modéstia e corajosamente no ultimo sábado assisti de vez o poderoso chefão 1, 2 e 3 de vez, das três da tarde até uma da matina do dia seguinte. O que escreverei aqui se leve em conta: primeiro a minha paixão por cinema e depois minha ascendência italiana.
Esta trilogia do Coppola é coisa atemporal, e magnífica, e saberão o porquê... A saga dos Corleonni saindo da bela e violenta Sicilia para a America é coisa de cinema mesmo, embora tudo seja verdade: máfias, acordos com policia, política advogados, gerando cartéis e corrupção acordada, gerando assim a estória daquele país, que hoje economicamente é o primeiro do mundo. Os filmes são obras primas, pois alem de contar fatos verídicos , os transformam em arte , pois tudo que vem com amor, com ou sem lei, tem dimensões magnificamente superiores. O calor italiano foi a máquina propulsora para essa tal magnitude peliculiana.
Na Sicilia o bicho pega, e não adianta chamar burro de meu louro não..
Com a trilogia iniciada em 1971, continuada em 74, e finalizada em 90 ( acho que caberia um 4 ), Coppola deu vida a família Corleonni, explicando assim algumas décadas de sub-mundo norte americano com os seus mercados e negócios paralelos, mas precisamente entre o final da primeira guera até o final da década de setenta, quase já entrado na década de oitenta.
O que fica nítido, principalmente no ultimo da saga, podemos chamar assim também, é como instituições ditas como não tocáveis por valores entram no jogo do poder. Falo da igreja católica, a maior empresa do mundo até hoje, ou como a película prefere chamar: a maior família de todas. Tudo está entrelaçado meus caros amigos, inimigos ou indiferentes; Poder, riqueza, roubo, valor, beleza, malvadeza, dom, desperdício, fraqueza, superioridade, aceitação, desaprovação: tudo isso a trilogia explica que anda no mesmo saco. Vi uma trilogia de obra clássica que é atemporal e transcende valores que nós, capitalistas, paramos pra pensar no que realmente estamos fazendo ou até, na maioria dos casos vendando nossos olhos pra não ver e ficar aborrecidos. Coppola é gênio, e a trilogia dele com os Corleonnis e suas épocas e gerações foi sem sombras de dúvidas a melhor coisa que vi até hoje, demais de bom!

Comentários

Esta trilogia, de fato, marcou a minha vida, principalmente "O Poderoso Chefão III" que fecha a saga. A cena final com Al Pacino sentado naquela cadeira de balanço completamente sozinho é antológica. Cara, naquele instante revivi toda a saga, iniciada em 1971. Fantástico!

www.livroseopiniao.com.br
obrigado pela preferência!

Postagens mais visitadas deste blog

Livros do Joca

Pirataria X Streaming

Cangaço Novo