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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

À Procura de Eric

À Procura de Eric , de Ken Loach, Espanha, França , Reino Unido , Bélgica , Itália, 2009.Não é difícil assistir em telejornais esportivos fãs super fanáticos, desculpem a redundância. Pessoas que dariam suas vidas por um momento com seus ídolos, que fariam qualquer loucura para uma foto ou um autógrafo. O filme em questão mostra esse lado, ou seja, do fã para com o ídolo. Todavia nosso personagem central vai mais além que um simples autógrafo. Trata-se de um típico carteiro londrino que vê sua vida trucidada pelos erros que cometeu no passado e no meio da caótica vida que tinha com seus demônios interiores surge para ajudá-lo seu ídolo: um jogador francês de temperamento forte do seu time, O Eric Cantona do glorioso Manchester United. A aparição de Cantona se dava quando o carteiro voltava do trabalho e acendia um baseado para relaxar. Depois de uns três ou quatro “pegas” o cidadão começa a conversar com o pôster do jogador que tinha em seu quarto. Em seguida Cantona surge em carne e

Álbum de Família

Álbum de Família , com direção de John Wells e roteiro de Tracy Letts, EUA, 2013. O filme mostra situações que parecerão familiares à geração conhecida por “Baby Boom”, que eram norte-americanos nascidos entre os anos de 1946 a 1964. Falar ou escrever sobre relações familiares nunca foi fácil. Nélson Rodrigues já escrevia que laços familiares são como bolhas prestes a serem explodidas em qualquer momento ou situação. O filme Álbum de família, concorrente ao Oscar, nos mostra o final de vida de um casal de uma família grande e desunida onde cada filho ou filha acabara por escolher um caminho diferente dos seus pais. A mãe, com interpretação digna de Oscar pela Meryl Streep, era uma mulher viciada em mais de uma dúzia de pílulas e fazia quimioterapia devido há um câncer de boca. O pai por sua vez era um alcoólatra; As brigas do casal com uma mulher louca e com câncer o faz com seu marido tome uma decisão; Primeiro contratar uma empregada de origem indígena para cuidar da sua esposa, cui

A grande beleza ( La Grande Bellezza)

A grande beleza ( La Grande Bellezza), dirigido e co-roteirizado por Paolo Sorrentino, Itália, 2013. O que é mais importante: o crescimento espiritual ou o aprendizado através das experiências vividas? Essa indagação nos explica o roteiro desse selecionável à melhor filme estrangeiro ao Oscar em março. A fotografia é um elemento a parte da obra desse diretor italiano que insiste em querer copiar Frederico Felinni, mas que convenhamos: Sem a genialidade do Felinni. Entretanto o enredo permeia-se entre uma crise intelectual de um escritor, bem interpretado por Carlo Buccirosso, que há dez anos não conseguia fazer outro livro. O escritor que estava na beira dos seus quase setenta anos vivia bem financeiramente pela publicação de seu último best-seller, mas durante dez anos ele se pega com uma dúvida existencial para viver os últimos anos de sua vida, que era: será que vale a pena se “esconder” durante mais de um ano em uma saleta para escrever um livro, sendo que a vida é tão breve e dive

A Menina que Roubava Livros

A Menina que Roubava Livros ( The Book Thief ), de Brian Percival , EUA, Alemanha, 2013. Obviamente que para quem leu o livro o filme será mais ou menos, ainda bem que faço parte desse grupo. Alguns críticos literários consideram a obra como uma das mais influentes da contemporaneidade. Mas vamos a uma breve resenha do filme e não do livro, este do qual indico por ter uma atípica narradora: a morte. No filme, de certa maneira, ela: a morte, consegue ser humanizada em plena segunda guerra mundial. A estória começa com a voz da dita cuja afirmando que: "Quando a morte quer contar uma estória, é melhor parar e ouví-la". A nossa atípica narradora não contente ainda continua nos ameaçando com frases do tipo: “Não adianta, não tem jeito: vou lhe pegar quer queira ou não, mais cedo ou tarde estará comigo em meus braços, agora depende de você de como vir até a mim, o caminho eu deixo você escolher para chegar até meus braços”. Ok senhora morte, o que nos resta então é viver então an

A Loucura de Almayer

A Loucura de Almayer (La Folie Almayer), de Chantal Akerman, BEL/FRA, 2009. O filme é um drama livremente inspirado no primeiro conto literário homônimo de Joseph Conrad, escrito em 1895 e foi um dos filmes selecionados para o Festival de Veneza em 2011. Festival este , que do ponto de vista em valorizar filmes ditos de cunho mais artisticos e menos comerciais, é sem dúvidas o festival que faz melhor essa missão entre todos. O filme conta a estória de um comerciante europeu, mas precisamente um francês, que na época do ouro na Malásia o homem fica por lá para modo de enriquecer. O ouro não aparece e seus negócios não prosperam. Mais sensato para esse homem seria então voltar a sua terra natal, mas o cidadão já tinha feito vínculos fortes na Malásia, inclusive tendo uma filha com uma malaca. O indíviduo queria dar o melhor para sua grande paixão: a sua filha. Resolve então mandá-la ainda criança a um pensionato em Paris para que tivesse uma educação “digna”, deixando sua mãe louca com

Ela

Ela , dirigido pelo excelente e inovador Spike Jonze, EUA, 2014. Em um futuro não muito distante ( chutaria que o filme tinha ambientação e tecnologia de 2040, já que só é pautado com um mundo de um futuro breve), temos um escrevedor de cartas ( não um escritor, mas sim um tipo de Fernanda Montenegro futurista do filme Central do Brasil , onde a pessoa ditava a carta e o computador escrevia com a grafia do escrevedor gravada no Hd); Pois bem, como escrevedor e protagonista temos um homem solitário, recém separado há menos de hum ano e que procurava algo em que se apoiar ou alguém. Ele como era um frenético viciado em videogames e tecnologias, e com a separação foi se escondendo mais no mundo virtual e consequentemente foi sumindo do mundo real por falta de interesse e cansaço dele ou os dois, já que um explicaria o outro. Em 2040 a tecnologia nos permitiria termos computadores quase humanos programados a partir das intuições humanas dos seus programadores que os fizeram. O nosso escr

Trapaça

Trapaça ; Dirigido e co-roteirizado por David O. Russell, EUA, 2013. Muitas vezes em nossas vidas por situações diversas deixamos de lado nossas intuições para que não se tire os pés do chão e não se estrepe totalmente. Baseado em fatos reais nas Novas: Yorque e Jérsei de 1978, o filme conta a trajetória de um casal charlatões do ramo das artes, especificamente da pintura, falsificadas. Com as falcatruas o casal prospera ao ponto de estabelecer uma filial em Londres para o ramo de revenda de quadros originais, mas que nunca não tinham um passado obscuro, ou seja, não era nítida a origem das obras primas que se vendiam por supostas originais pela dupla. Aí com essa situação do que é falso ou o que é original o filme ou o seu roteiro nos pergunta ou nos faz pensar ao menos: Será que essa idéia de falso ou original é mesmo tão distante assim uma da outra? Será que de uma maneira ou outra sempre estamos representando e por isso poderíamos nos classificar como obras ou pessoas falsas ou tam

O Mordomo da Casa Branca

O Mordomo da Casa Branca , dirigido e co-roteirizado pelo afro-americano Lee Daniels, EUA, 2013. Baseado em fatos reais o filme é esplendorosamente protagonizado por Forest Whitaker, interpretando a personagem que dá nome ao filme, ou seja, o próprio mordomo da casa branca. Nos EUA o cultivo do algodão era bastante presente no período de escravatura, isso mais ou menos até o final do século XIX. É nesse período que o filme se inicia com o mordomo, que na época era um garoto de seis anos de idade, vê a sua mãe ser estuprada pelo senhor branco que a comprou e após o estupro esse mesmo fazendeiro assassina com um tiro certeiro na cabeça o seu pai quando percebeu o acontecido ou estupro. O garoto então se cria órfão em meio a essas lembranças e ao redor de muitos algodões para serem colhidos. A mulher do branco fazendeiro tarado sente pena de uma criança de pouca idade e a chama para ser um empregado de casa, coisa ou trabalho que para época era de muito prestígio entre os negros. De 10