A grande beleza ( La Grande Bellezza)

A grande beleza ( La Grande Bellezza), dirigido e co-roteirizado por Paolo Sorrentino, Itália, 2013. O que é mais importante: o crescimento espiritual ou o aprendizado através das experiências vividas? Essa indagação nos explica o roteiro desse selecionável à melhor filme estrangeiro ao Oscar em março. A fotografia é um elemento a parte da obra desse diretor italiano que insiste em querer copiar Frederico Felinni, mas que convenhamos: Sem a genialidade do Felinni. Entretanto o enredo permeia-se entre uma crise intelectual de um escritor, bem interpretado por Carlo Buccirosso, que há dez anos não conseguia fazer outro livro. O escritor que estava na beira dos seus quase setenta anos vivia bem financeiramente pela publicação de seu último best-seller, mas durante dez anos ele se pega com uma dúvida existencial para viver os últimos anos de sua vida, que era: será que vale a pena se “esconder” durante mais de um ano em uma saleta para escrever um livro, sendo que a vida é tão breve e divertida para quem sabe desfrutá-la? Parece que o ex-escritor preferiu suas festas particulares em estupendas paisagens na Itália com mulheres belíssimas e amigos de verdade ao invés do que ficar “ apertando” seus neurônios para escrever outro livro best-seller ou para “besta comprar”. Rico ele já era, de modo que por grana, ele não precisaria mais se preocupar. A questão era: Será que uma vida só pautada em farras poderia criar um vazio existencial dentro dele? Esta é exatamente a questão que permeia o filme; O protagonista curtia suas festas, mulheres e amigos fiéis, entretanto existia dentro dele algo que não o deixava se entregar aquelas festas e momentos de prazer. Existia uma angústia no peito dele que dizia que ele poderia ser menos egoísta e fazer algo de bom não só para si próprio, mas para os seus ávidos leitores que esperavam por cerca de dez anos ao menos um último livro do escritor famoso. Os 141 minutos de filme se passam tão despercebidos por estarmos naquela angústia misturada com as farras e a felicidade egoísta do protagonista; Afinal será que existe alguém que não seja egoísta? Quem não pensa primeiro em si que atire a primeira pedra, e incluo nesse grupo a Madre Tereza de Calcutá, todos os Papas e Rabinos juntos, Luther King, Mahatma Gandhi, Alan Kardec, entre outros. Apostaria minhas fichas para levar a estatueta de melhor filme estrangeiro do Oscar esse ano irá para o filme belga Alabama Monroe, mas não acharia nenhum despautério da academia se premiasse a Grande Beleza como melhor fita estrangeira, pois o filme também é muito bom. “ Batata” é que o filme é super candidato a levar o Oscar de melhor trilha sonora e fotografia.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Livros do Joca

Cangaço Novo

Mussum, O Films