À Procura de Eric

À Procura de Eric, de Ken Loach, Espanha, França , Reino Unido , Bélgica , Itália, 2009.Não é difícil assistir em telejornais esportivos fãs super fanáticos, desculpem a redundância. Pessoas que dariam suas vidas por um momento com seus ídolos, que fariam qualquer loucura para uma foto ou um autógrafo. O filme em questão mostra esse lado, ou seja, do fã para com o ídolo. Todavia nosso personagem central vai mais além que um simples autógrafo. Trata-se de um típico carteiro londrino que vê sua vida trucidada pelos erros que cometeu no passado e no meio da caótica vida que tinha com seus demônios interiores surge para ajudá-lo seu ídolo: um jogador francês de temperamento forte do seu time, O Eric Cantona do glorioso Manchester United. A aparição de Cantona se dava quando o carteiro voltava do trabalho e acendia um baseado para relaxar. Depois de uns três ou quatro “pegas” o cidadão começa a conversar com o pôster do jogador que tinha em seu quarto. Em seguida Cantona surge em carne e osso, e por isso é o ator coadjuvante do filme, e começa a dar conselhos para seu desesperado fã. O enredo é muito bem bolado, o jogador aparece e desaparece, mas em nenhum momento temos a impressão que seja um fantasma ou algo do tipo sombrio. No máximo pode parecer como uma alma boa que dava conselhos, conselhos estes engraçadíssimos por tentar resolver os problemas do seu fã que acabava em se meter em mais problemas ainda. Como todo bom londrino que se preze nosso carteiro frequentava semanalmente um pub para ver os jogos do Manchester e seus amigos. A vida do cara era pacata até o jogador-fantasma aparecer em suas alucinações com a erva. Depois da maconha ou de Cantona seus filhos tiveram problemas com traficantes e como bom pai, ele interveio. O problema era que os caras eram barras-pesadas e o carteiro , assim como seus dois filhos adotivos, acabou por ficar nas mãos dele. Eis que surge um plano infalível sugerido por Cantona para acabar com os bandidos ( não contarei para não estragar o final do filme ). Plano esse que é cena mais engraçada do filme. O que posso adiantar é que trata-se de um filme na medida certa em ironias e sarcasmos para com atitudes de endeusamento que temos com nossos ídolos, afinal são pessoas de carne e osso como qualquer outra. Em tempo de carnaval o filme é uma ótima pedida.

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