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A Hora E A Vez De Augusto Madraga

A Hora E A Vez De Augusto Madraga, dirigido por Vinicius Coimbra, Brasil, 2015; elencando João Miguel como o dito cujo. Não é, definitivamente, para qualquer um embrenhar-se no universo de Guimarães Rosa: é preciso muita força de vontade para esse feito, que, sem dúvida te elevará a outro patamar. Este conto é o último, de um total de nove, do livro Sagarana. Alguns dizem, e assino embaixo, que Sagarana é o menos complexo livro do autor, e por isso é o indicado livro a começarmos a dissecar o mundo do maior escritor brasileiro, tirando Machado de Assis. Entretanto focaremos em a hora e a vez de Augusto Madraga; pois bem: pensa num cara valentão e que enche de medo todo mundo, pensou? Então enxergastes o próprio Madraga. Todavia um evento acontece, e um montão de jagunços de um fulano desgraça totalmente o protagonista, inclusive com direito a morte matada. Sua esposa o trai, de modo que sua única filha torna-se puta mais adiante. Porém por hora, Augusto Madraga é tido como morto, ...

Barba, Cabelo & Bigode

Barba, Cabelo & Bigode,  dirigido, argumetalizado e roteirizado por Lucio(sem acento) Branco, Brasil, 2016. Neste Doc., de 145 minutos, temos dois personagens: Paulo César Cajú e Afonsinho, ambos originários do Botafogo Futebol e Regatas, porém um é negro e estourado e outro, branco e mais refinado, em um país sob regime militar. O branco, Afonsinho, em determinada época torna-se barbudo. Simbolo este, ou seja, uma barba sem fazer ou por falta de uma feitura “gilestística” em arpar pelos faciais que Afonsinho não abre mão por ser a sua resposta ao regime ditatorial imposto, sem vaselina, no Brasil da época. Com aquela barba grande Afonsinho dizia: "Vão para os raios que os parta esses verdinhos de capacetes brancos( vulgo militares ). Não vou me render a vocês nem a pau, e vão se lascar, também antes que me esqueça". Afonsinho é punido e perde o contrato com o Botafogo, mas fica bem na fita com a "Causa" , e com o ensolarado Rio de Janeiro e suas gatas. O caso ...

1982

Era Pequeno, 4 anos pra ser mais específico. Por isso lanço insigths de uma memória dessa idade. Lembro que já existia um clima de “já ganhou”, por parte da seleção brasileira de 1982, na copa da Espanha. A Itália, boa de defesa, bateu a “imbatível” seleção do Telê, com três gols do Paulo Rossi, mas vamos as lembranças daquele factidico dia. Primeiramente foi pular uma Copa e chegar no México, em 1986. O Brasil jogava as quartas de final contra a França do Platini e eis que uma penalidade máxima surge e Zico vai bater na gorduchinha. Eu, com meus já altos 8 anos de idade, chorava e gritava: Tem que ser Zico, é Zico que vai cobrar o pênalti né meu pai? Ele assente com a cabeça, mas continua firme e sem sorrir. O Zico, que estava bichado do joelho, bate e o goleira gaulês defende uma bola que ia no centro do gol. Após isso o jogo vai aos pênaltis , e Platini continua na Copa, nós não. Pois bem: tive que pular uma copa para chegar, ou voltar, na de 1982, na Espanha. Traumas ficam para se...

O Rei Do Show

O Rei Do Show , dirigido por Michael Gracey,  EUA, 2017. Fui ao cinema crente que iria assistir a um filme sobre os meandros do entretenimento, e eis que afrontar-me-ei com a erudição, em forma cantada, com a trama de um empreendedor em particular, personalizado pelo ator australiano e eterno Wolverine: Hugh Jackman.  Baseado em uma história real, a do ambicioso e imaginativo P.T. Barnum; o musical nos joga no início dos anos 1800, ou seja, século XIX, num Estados Unidos super “apairthaido”. Ou seja: sujeitos, tais como: anões, mulheres barbadas, pançudos ao extremo, pessoa(s) siamesas e negros, eram as escória da sociedade estadunidense da época, onde não era vistos com bons olhos pessoas nobres se misturarem com esta gentalha. E pior: os próprios parentes destes “ seres estranhos”tinham vergonha deles, de modo que todos viviam isolada e clandestinamente a fim de não envergonhar parentes com os logotipos que Deus os deu. Mas para um filho de alfaiate, com o sangue nos olhos,...

The Crown - Segunda Temporada

  The Crown – Segunda Temporada , da NetFlix, 2017. Quem estiver esperando uma conexão entre The Crown e House  Of Cards, pode perder as esperanças, pois nada têm a ver: uma com a outra por uma ser fictícia e outra não. Segundamente The Crown tem um orçamento gigantesco, para se ter uma noção, a primeira temporada foi a mais cara da Netflix, e nesta segunda temporada, The Crown ainda mantém-se com um dos maiores orçamentos da NetFlix. E com tanto dinheiro em jogo, esperava-se o mesmo, ou melhor, resultado ainda do que o da Primeira temporada de The Crown. A série não chega a ser melhor do que sua primeira temporada, mas isso se deve, talvez, aos elementos políticos ocorridos entre 1950 a 1960. Na segunda temporada não temos mais a segunda guerra mundial, nem tampouco o primeiro ministro inglês: Winston Churchill com seu indecifrável charuto numa barriga, digamos assim bem beliciosa. Por incrível que pareça se a segunda temporada teve um mérito, este não veio em personagem ou ...

Star Wars – Os Últimos Jedi

Star Wars – Os Últimos Jedi, dirigido por Rian Johnson, EUA, 2017. Comparando-se com o penúltimo filme da saga, Star Wars : O Despertar da Força, este: O Último Jedi, é bem mais longo e pobre também, e isso tratando-se de direção, assim como roteiro também. Os atores é um caso a parte: continuam bem, assim como seus figurinos. Eu amo Star Wars, a saga foi criada no ano que nasci(1977) pelo polêmico George Lucas, e por amar tanto a saga intergaláctica, confesso que, é com pesar no coração, que escrevo: não gostei  dos longos cento e cinquenta minutos de projeção. Acho desnecessária a medida  dos atores, sem muita importância aparente até então, e que ganharam mais corpo no filme, e no fim das coisas não se faz muita diferença em estarem vivos ou mortos, pois sempre serão coadjuvantes, e além do mais o filme é moroso , e com um roteiro raso que não se enamora com os últimos filmes da saga. Assim fica difícil indicar tal filme, Na verdade, filmes de saga tem sempre a esperança d...

Touro Indomável

Touro Indomável,  dirigido por Martin Scorsese , 1980, EUA. Quando somos embriagados em nossas infâncias com filmes de lutas como os Rocks e suas inúmeras continuações: Rock I ,o melhor, II, III, IV, V , VI !, parece que os roteiros são originais; que nada:todos os Rocks, ou melhor, a síntese de todos os Rocks está neste filme com o Robert De Niro , fazendo  um boxeador, atuação esta que, de tão estupenda, lhe rendera o Oscar, com louvor. O filme narra à estória, do início de carreira até o seu fim, do boxer De Niro: uma fera dentro dos ringues, e que infelizmente, o seu lado bestial é levado a sua vida civil, principalmente com sua esposa: uma bela loira do seu bairro : O Bronks de uma Nova Iorque, em P&B, dos anos 1920 até 1950. Através deste recorte da vida do lutator, Scorsese nos dá uma chance em avaliarmos o nosso grau de ciúmes a nossa companheira (o). O protagonista pira de ciúmes e isso arruína sua carreira, mas as suas ações que degringolam na “indomação “ do se...