O Rei Do Show
O Rei Do Show, dirigido por Michael
Gracey, EUA, 2017. Fui ao cinema crente
que iria assistir a um filme sobre os meandros do entretenimento, e eis que afrontar-me-ei
com a erudição, em forma cantada, com a trama de um empreendedor em particular,
personalizado pelo ator australiano e eterno Wolverine: Hugh Jackman. Baseado em uma história real, a do ambicioso
e imaginativo P.T. Barnum; o musical nos joga no início dos anos 1800, ou seja,
século XIX, num Estados Unidos super “apairthaido”. Ou seja: sujeitos, tais
como: anões, mulheres barbadas, pançudos ao extremo, pessoa(s) siamesas e
negros, eram as escória da sociedade estadunidense da época, onde não era
vistos com bons olhos pessoas nobres se misturarem com esta gentalha. E pior:
os próprios parentes destes “ seres estranhos”tinham vergonha deles, de modo
que todos viviam isolada e clandestinamente a fim de não envergonhar parentes
com os logotipos que Deus os deu. Mas para um filho de alfaiate, com o sangue
nos olhos, tais “seres estranhos” eram a sua principal criação: Um circo de
anomalias!
Casado com uma mulher nobre, e
sempre odiado por seu sogro, com duas filhas, o protagonista resolve, após alguns
empregos e empreendimentos malsucedidos, criar o grande circo de horrores, e
então unir todas as anomalias humanas e mostrar, em alta e boa luz, todos eles
de uma única vez. O desenrolar do musical, que é o filme do natal deste ano, se
baseia ou permeia nas relações dos “funcionários esquisitões”, para com seu
criador, mas também como seu produtor: um sujeito da alta sociedade que se
apaixona pela acrobata negra do circo de horrores. Certamente, alguma música
deste filme será indicada, e provavelmente levará, o Oscar de melhor canção
original; então se você não estiver muito preocupado em ver um baita roteiro e
personagens, indico o musical para uma virada de ano com mais garra e ambições
na sua vida pessoal e acima de tudo, profissional.
Comentários