A Hora E A Vez De Augusto Madraga
A Hora E A
Vez De Augusto Madraga, dirigido por Vinicius Coimbra, Brasil, 2015; elencando
João Miguel como o dito cujo.
Não é, definitivamente, para qualquer um embrenhar-se no
universo de Guimarães Rosa: é preciso muita força de vontade para esse feito,
que, sem dúvida te elevará a outro patamar. Este conto é o último, de um total
de nove, do livro Sagarana. Alguns dizem, e assino embaixo, que Sagarana é o
menos complexo livro do autor, e por isso é o indicado livro a começarmos a
dissecar o mundo do maior escritor brasileiro, tirando Machado de Assis.
Entretanto focaremos em a hora e a vez de Augusto Madraga;
pois bem: pensa num cara valentão e que enche de medo todo mundo, pensou? Então
enxergastes o próprio Madraga. Todavia um evento acontece, e um montão de
jagunços de um fulano desgraça totalmente o protagonista, inclusive com direito
a morte matada. Sua esposa o trai, de modo que sua única filha torna-se puta
mais adiante. Porém por hora, Augusto Madraga é tido como morto, mas só que não.
O cabra fica é todo lenhado, mas sobrevive nas veredas do sertão com os
cuidados de um novo pai e uma nova mãe: negros de pele, e humanos de coração. É
impressionantemente espetacular como Guimarães Rosa vê ou enxerga quem é Deus,
Diabo, seres bons , maus; enfim : será que tudo isso existe? Na verdade quem
julga estas parábolas da vida somos nós mesmos, e colocamos o devido medo e
heroísmo em cada qual, também.
Entender e encantar-se com as veredas de Guimarães é torna-se
mais completo internamente, tamanha é a percepção dessa obra, assim como outras
tantas do próprio. Nunca será perda de tempo ler ou assistir qualquer coisa
relacionada a este gênio da literatura.
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