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Estou Me Guardando Para Quando O Carnaval Chegar

Estou Me Guardando Para Quando O Carnaval Chegar , dirigido por Marcelo Gomes e sendo um personagem observador, Brasil/2019. Cinema é sempre lembrança, mesmo quando você não queira lembrar a lembrança da contemplação chega e é muito importante observá-la, pois através dos experimentos dessas lembranças , discernirmos então o que de fato foi bom ou ruim. O documentário chega a Turitama, cidade entrincheirada entre duas cidades de maior porte no sertão pernambucano. Turitama é responsável pela confecção de 20% de todo jeans produzido no Brasil, sendo conhecida assim como a cidade do Jeans brasileiro. As facções são conhecidas como indústrias de confecção de jeans literalmente localizadas ao fundo do quintal das humildes casas de Turitama. Quando criança e com o pai como funcionário fiscalizador público, o diretor Marcelo Gomes viajava com o pai a estes locais inóspitos onde não se enxerga no mapa, como Turitama, onde existe o engano do desengano. Trocando em miúdos, vive-se na...

Carta aos pais

Por serem muito diferentes cultural e localmente um do outro: uma mãe sertaneja e um pai paulistano, por muitas vezes, me coloquei numa espécie de limbo ou purgatório: aquele lugar entre o céu e o inferno; se bem que para um pai ateu e um mãe católica céu, inferno e purgatório são expressões um tanto quanto desprovidas de valores ou providas de muitos valores que, por puro desespero da salvação da alma humana no interior da Bahia, ganha-se muitos créditos, sejam esses verdadeiros ou falsos, somente mesmo por uma questão de acalentar a alma de quem já se pendura em qualquer coisa de modo a livrar-se da insanidade da seca do sertão nordestino. Fui um bebê mais bonito que a maioria, a tal ponto de Jorge Amado me adotar como seu “alemãozinho” como vizinhos na rua Alagoinhas, no Rio Vermelho em Salvador. Sempre fui o filho que “batia de frente” com os vícios e destemperos do meu pai, hoje falecido há nove anos. Era o filho caçula homem que, desde muito pequeno, apontava o dedo em riste ...

Joker

Joker, dirigido e corroteirizado por Todd Phillips, com Joaquim Phoenix no protagonismo digno de Oscar, EUA/2019. Quando criança era ávido leitor dos quadrinhos do Maurício de Sousa, e em especial os do Chico Bento: a persona interiorana, e portanto mais “Macunainíca” do quadrinista. Sempre achei uma babaquice colocar em um filme só, Batman brigando contra o Super-Man, ou os dois em seus respectivos filmes, afinal como mencionei , nunca tive tal interesse por essa cultura,apesar de sempre gostar de quadrinhos. Achei, junto com Bacurau, Coringa como o melhor filme visto este ano, até então. E o filme é muito bom porque, em momento algum, temos Batman e Robin na parada, apenas Gothan City: uma espécie de Nova Yorque estilizada para os quadrinhos, escrevamos assim. O filme não tem nenhuma relação com super-herói, pois o que vemos é um ser humano comum com problemas neuronais que tenta, a todo instante, vencer suas limitações para conseguir uma carreira no competitivo mercado de comedian...

Édipo

Na mitologia grega, Édipo nascera com o carma em matar seu pai para casar-se com sua mãe. Sabedor deste futuro o pai dele, o rei da “nova” cidade , o doa, ou melhor , abandona-o na beira de um rio onde é achado por um pastor de ovelhas com os pés amarrados, alias Édipo quer dizer isso em grego: pessoa de pés inchados. O pastor vê o bebe perfeito fisicamente, fora os pés, e resolva doar a outro rei em outra cidadela. Édipo vira meninote e outra crença se cria ao redor de sua persona, alias a mesma crença: a de ser o matador desse outro pai postiço, no qual ele não sabia da sua orfandade. Édipo, para livrar-se da nova maldição, resolve fugir dos seus pais e de Tebas, cidade esta onde achava que era a sua, mas na verdade foi de encontro aos seus pais verdadeiros e sua cidade, também. Na estrada, ou no caminho, Édipo, por puro instinto, briga e mata uma meia dúzia de valentões que o coleraivam, enchia de fúria. Deste modo Édipo já chegara com fama em sua cidade natal, fato este que e...

Coaching alternativo

"Me tornei um coitadinho porque não conseguir ser maior do que meu pai". Familiar: Foi a primeira consequência grave que tive ao aceitar e constatar a frase acima. Me encaixo na síndrome de Édipo, onde a disputa não foi mole. O fato de querer ser maior e melhor que seu progenitor é muito natural, basta nascer para que isso ocorra, sem nenhum esforço até, escreveria assim. Hoje, aos 40, vi que tal disputa era uma disputa de amor entre nós dois e colocávamos minha mãe e sua esposa como contrapeso para esta situação de seres não estarem pensando muito bem naquela época, por talvez, pensarem demais, especialmente ele, meu pai, na casa dos 40 e eu nos dos 7,8. Muito amor deixa tudo bem nítido, e por vezes, a nitidez da luz da verdade ou a luz do que sucede-se seja o pior dos infortúnios e desprazeres. Meu pai morreu há 9 anos, e eu , com 42 ainda não tive família alguma. Profissional: Gosto de cinema , mas a caminhada é dura. Sou o único artista da família, e isso pesa, de mo...

Divaldo – O Mensageiro Da Paz

Divaldo – O Mensageiro Da Paz , escrito e dirigido por Clovis Mello, Brasil/2019. Ingmar Bergman já nos sinalizava, no final dos anos 1970, que o amor, e só ele, teria a capacidade em salvarmos de nós mesmos, e a prática do espiritismo também reza   a esta batuta: o amor como fonte divina e inesgotável para nossa salvação para nos livrar dos nossos fantasmas e limitações, entretanto a pergunta que fica é: como chegar a tal elevado patamar espiritual? No espiritismo existe dois, digamos assim, patamares de líderes espíritas: Kardec, o mais evoluído e “base” para os demais, com o seu best-seller Livro dos espíritos. Em segundos patamares sensitivos estão: Bezerra de Menezes, Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco, como os principais líderes brasileiros até então. Sobre Divaldo, a estória começa em Feira de Santana, onde, ainda menino o médium via, ouvia e falava com mortos o tempo inteiro. A sua urgência em ser luz para o máximo número de pessoas possíveis, o fez mudar para a capita...

Heranças negativas por parte dos pais.

1.Trabalho : de trabalho a culpa de meus pais em estar desempregado há oito anos, é inteiramente deles por não aceitar que sou artista. 2. Dinheiro : Sempre fui um looser neste quesito por estar com a alta estima baixa para vencer na vida, devido à carga familiar que carregava, e carrego ainda, por toda minha vida, mas isso vai mudar: por bem ou por tchau.  3. Dons e talentos: Sempre fui uma criança dramática que conseguia o que queria através da empatia e generosidade. Não perdi a essência, ainda, mas é preciso rememorá-la. Até agora não deu ainda pra ser artista, mas um dia, vai.. 4. Espiritualidade: Fui coroinha na minha primeira comunhão: era a disciplina que mais gostava, na terceira série, disparada. Veio à adolescência e o prazer mundano me fez católico não praticante. Hoje sou agnóstico, acreditando muitos nas vibrações da natureza e generosidade das pessoas.  5. Relacionamentos ( amorosos, família e amigos): Tenho uma natureza mais pra ouvir do ...