Coaching alternativo
"Me tornei um coitadinho porque não conseguir ser maior do que meu pai".
Familiar: Foi a primeira consequência grave que tive ao aceitar e constatar a frase acima. Me encaixo na síndrome de Édipo, onde a disputa não foi mole. O fato de querer ser maior e melhor que seu progenitor é muito natural, basta nascer para que isso ocorra, sem nenhum esforço até, escreveria assim. Hoje, aos 40, vi que tal disputa era uma disputa de amor entre nós dois e colocávamos minha mãe e sua esposa como contrapeso para esta situação de seres não estarem pensando muito bem naquela época, por talvez, pensarem demais, especialmente ele, meu pai, na casa dos 40 e eu nos dos 7,8. Muito amor deixa tudo bem nítido, e por vezes, a nitidez da luz da verdade ou a luz do que sucede-se seja o pior dos infortúnios e desprazeres. Meu pai morreu há 9 anos, e eu , com 42 ainda não tive família alguma.
Profissional: Gosto de cinema , mas a caminhada é dura. Sou o único artista da família, e isso pesa, de modo que ainda não consegui achar a chave da fortuna em minha vida.
Pessoais: Sou meio fechado pra pessoas, e acho que isso tem tudo a ver com as minhas escolhas e as outras escolhas que fizeram por mim, sem a mim me falarem que iriam fazer. Isto traz uma magoa enorme.
Amoroso: Deve ser bem legal se apaixonar em fase adulta. Só tive esse gosto na adolescência ou infância, onde nem quer sabemos se é paixão ou curtição. Tudo isso está implicado na pergunta que abre o texto: Sou um coitadinho por ser achar menor que meu pai. Que nada, sou é maior que ele, e por isso, para o menor, fora tão dolorido e isto me levou junto com ele nesta viagem catastrófica do sentimento do amor de pura nitroglicerina . Mas continuo com Bergman, que diz que só o amor nos salva de nós mesmos, apesar dos pesares.
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