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Mad Max: Estrada da fúria

Mad Max: Estrada da fúria , dirigido e roteirizado por George Miller, com Tom Hardy, EUA, 2015.Trata-se de uma mega produção que vale ser vista se focarmos no quesito espetáculo e não na estória em si; Todavia a obra fílmica tem algumas peculiaridades interessantes extra-estúdio, que por sua vez interferem na atuação dos seus personagens.Por exemplo: o protagonista do filme era um ex-dependente químico da droga mais ralé que existe: o crack, onde em entrevista ele afirmara que trocara sua mãe, se necessário fosse por uma pedra da droga. Agora limpo o ator meio que não consegue apagar seu passado e tampouco sua personalidade; Deste modo o que vemos na tela é um personagem forte e cheio de “silêncios barulhentos”. Mas voltemos ao filme e não em suas abstrações, pois bem este apesar de um pouco longo ( 120 minutos ), tem um ritmo impecável com direito a várias lutas do começo ao fim em um deserto de areia sem fim num mundo pós apocalíptico , que parece ser mais um tempo antigo do que prop...

O sal da Terra

O sal da Terra, dirigido pelo setuagenário Wim Wenders, França, 2014. Este documentário biográfico me fez bem e mal ao mesmo tempo; Fez-me me sentir bem porque trata-se de uma baita obra fílmica com O maiúsculo ; E me fez mal também por sua visceralidade nos relatos contados. Trata-se da história de carreira e vida do fotógrafo mineiro Sebastião Salgado, reconhecido mundialmente pelo seu ofício. A obra reúne as principais aventuras do fotografo em algumas partes do mundo; Como um dos codiretores do filme era seu filho (Juliano Ribeiro Salgado), o documentário mostra também o lado do pai ausente no lugar do profissional aventureiro que era Saldanha, afinal não se pode fazer uma omelete sem a quebra de alguns ovos. Todavia o mais impactante do filme não são as fotos que vemos em uma tela grande de cinema, mas sim o porquê ou o por qual motivo daquelas fotos existiriam. Neste aspecto percebemos que tudo tem um motivo e uma consequência também. Quando menciono que o mais impactante não são...

3 Coers

3 corações ( 3 Coers ) , dirigido por Benoît Jaquot, França, 2015. “ O maior desejo humano sempre foi e será o sexual”. Não sei quem fez esta afirmação, mas concordo plenamente com ela. Esta frase consegue explicitar também a natureza do protagonista desta obra fílmica. Trata-se de um funcionário publico da área de impostos. Este que por sua vez começa no filme perdido em uma cidadezinha próxima a Paris por ter perdido a hora do trem. O jeito então é esperar amanhecer para pegar a primeira viagem de trem rumo a capital, entretanto, como sabemos, a noite é longa, e para pessoas ansiosas como é o caso do nosso protagonista, a noite pode se transformar em um tremendo pesadelo de olhos bem abertos. Todavia, e por sorte, esta não fora a noite do tal funcionário publico. Logo quando este perde o trem já acha uma presa para fazer companhia, meio que perdida também dentro da estação. Como quem não quer nada pergunta-lhe se tal senhorita conhece algum hotel de modo a passar a noite. Gentilmente...

Cinquenta tons de cinza

Cinquenta tons de cinza , com direção de Sam Taylor – Johnson, EUA, 2015. A primeira frase que veio quando a sessão acabou foi: Mas que besteirol, ainda bem que não li o livro. Há relatos selvagemente negativos de quem leu o Best-seller acerca sobre o filme, como não tive esta sorte, somente avaliarei a obra fílmica por ela mesma. Pois bem: Há quem acredite que uma pitada de sadismo possa melhorar uma relação; Sinceramente: Não sei nunca a fiz e continuo sem interesse algum após ver o filme sobre tais práticas sado masoquistas. Como crítico posso escrever que o filme tem buracos muito visíveis em relação ao enredo que nos é contado, agora sobre os outros buracos a serem preenchidos deixo para imaginação de cada um; Pois bem, o filme começa com uma entrevista de uma estudante de literatura inglesa ( que supostamente atuava como jornalista, senão não teria como entrevistar alguém, afinal a moça era estudante de letras ou jornalista? Pergunta esta que fica no ar e por isso já tem...

Imagens que me visitam

O que procura-me ou onde acho-me; É o tal do ócio , que eu, pretensiosamente o classifico como criativo; O ato de não fazer nada, entregar-se ao instinto mais primitivo; O de não colaborar com ninguém e nadica de nada; Entregando-me ao meu egoísmo, ou melhor, ao meu somente não ; A esta característica que tudo ser humano possui; Apenas permito-me que ele se aflore e dê as caras sem amaras; Neste ponto de vista sou mais sincero que a maioria por transmudar-me; E deixar que as pessoas olhem a minha essência erradamente humana.

Ode as expêriencias vividas

Noite que tanto apatece-me; Entretanto também enrubesce-me; Em ti passo a poder tudo; Posso ser um mero e feliz boêmio ou; Um parasita que grita e implica contra a tirania; Fazendo da poesia minha arma; Sim, Nocte, tu inspira-me; A tentar por ser o mais marginal possível; E quando chega o seu fim, parece que fico sem finalidade, sem propósito; Pois é na busca de ti que permito-me a explodir.

Grandes Olhos

Grandes Olhos , dirigido por Tim Burton , EUA/Canadá, 2015. Trata-se da primeira cinebiografia do diretor de filmes como Eduard mãos de tesoura entre outros sucessos. A escolha da pessoa a ser cine- biografada é um tanto corajosa, já que a personagem é do mundo da pintura. Alias não se trata apenas de mais uma pintora, mas sim da artista que mais vendeu quadros em sua época no mundo; Refiro-me ao inicio da segunda metade do século XX. A história é passada no estado da Califórnia, e com algumas idas ao Havaí, porém nada de Europa. O filme já é em si uma surpresa haja vista que ninguém imaginaria que o diretor quisesse se aventurar em dramas, já que não é sua praia. E tal aposta só comprova que de fato cada um tem que ficar fazendo coisas que sabe fazer e não inventar o que não sabe. Todos sabem que o diretor fez o seu nome com filmes mais leves e engraçados, e agora ele vem com uma bomba dessa pesada, como poderia dar certo? Entretanto opinião pessoal à parte tentarei ser o mais imparci...