3 Coers

3 corações ( 3 Coers ) , dirigido por Benoît Jaquot, França, 2015. “ O maior desejo humano sempre foi e será o sexual”. Não sei quem fez esta afirmação, mas concordo plenamente com ela. Esta frase consegue explicitar também a natureza do protagonista desta obra fílmica. Trata-se de um funcionário publico da área de impostos. Este que por sua vez começa no filme perdido em uma cidadezinha próxima a Paris por ter perdido a hora do trem. O jeito então é esperar amanhecer para pegar a primeira viagem de trem rumo a capital, entretanto, como sabemos, a noite é longa, e para pessoas ansiosas como é o caso do nosso protagonista, a noite pode se transformar em um tremendo pesadelo de olhos bem abertos. Todavia, e por sorte, esta não fora a noite do tal funcionário publico. Logo quando este perde o trem já acha uma presa para fazer companhia, meio que perdida também dentro da estação. Como quem não quer nada pergunta-lhe se tal senhorita conhece algum hotel de modo a passar a noite. Gentilmente, e até alegre pela pergunta, a senhorita vai caminhando com seu novo amigo nas ruas escuras e frias daquela cidadela interiorana francesa. Papo vai e vêm, cigarros idem, até que amanhece o dia se conhecendo e marcam um encontro em Paris alguns dias depois. A mulher, mesmo casada, vai a Paris encontrá-lo, mas não consegue vê-lo, pois no exato momento que o funcionário público pega o carro para o encontro, este tem um infarto fulminante devido a sua ansiedade. Pois bem, frustrada a mulher pega o marido e vai morar nos Estados Unidos. O protagonista toca a barca da sua vida também em meio aquele trabalho burocrático que tanto prejudica sua saúde, mas o pior de tudo é que ele gosta do trabalho por lhe dar autoridade perante as outras pessoas, porem também cobra o seu preço atacando seu coração. O filme fica meio monótono no meio até que nosso protagonista conhece , sem saber, a irmã daquela mulher que ele deu o cano no encontro. O problema seria fácil de ser resolvido, primeiro: Se ele soubesse que estava engatando um namoro com a irmã de uma pretendente; E segundo: Esta tal pretendente ainda mexera bastante com o galanteador. Então quando ele percebe que a irmã da sua futura esposa era quem era, os ataques de ansiedade voltam a tona. Os dias para ele são intermináveis ate a data do seu casamento, quando a outra voltaria dos Estados Unidos para a festa. E seus ataques de ansiedade não eram a toa , pois no fundo ele sabia que a chama ainda estava acessa pela irmã da sua esposa e tudo podia acontecer por causa disso. Por troca de olhares nos dias posteriores ao casório nosso exemplar funcionário público percebe que mexe com aquela mulher de poucas palavras que o acompanhou naquela noite no inicio do filme. O grande problema agora eram os dois se declararem os seus respectivos esposos, já que a pegação já era inevitável, seja esta na rua, chuva ou numa casinha de Sapê. O dilema do filme no final é: Ser feliz e ferir as pessoas mais amadas ou ser infeliz para não feri-las? Pessoas são sempre imprevisíveis, assim como é o nosso destino; Bela pedida para um cine de arte, podem ir sem medo.

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