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Histeria

Histeria , Tanya Wexler, Inglaterra, 2012 ; Conta a estória da criação do vibrador na Londres vitoriana do século 19. A fita foi classificada por comédia talvez pelo tema abordado ainda como tabu até   hoje para muitos: inclusive o nosso querido cristianismo, alegando que prazer sexual para mulher não deve existir, ela: a fêmea, só tem fins de procriação e nada mais. O assunto é colocado em debate na fita em plena Londres de 1880 através de um médico especializado em histeria paralelamente com a filha do seu chefe: que poderíamos classificar para época como uma transgressora em lutar pelos direitos sexuais e de prazer que a mulher não tinha, e de fato como ela discursara: “ Como teremos um país evoluído se não damos direitos iguais aos seus cidadãos?". O filme se baseia em fatos reais que o torna ainda mais interessante por sabermos da criação de um instrumento hoje tão popular que é o vibrador , mas que para época fora uma descoberta e tanto. Fora esse mérito a fita por muitas

E se Vivêssemos Todos Juntos?

E se Vivêssemos Todos Juntos? Stéphane Robelin , Ale/Fra, 2102 Li algumas críticas do filme antes de fazer esse texto. Algumas falavam da trajetória da Janne Fonda com seus 70 anos , e outras nem disso falava. Eu entendo, pois resenhar tal fita é realmente uma tarefa árdua. O longa francês falava do presente, com idosos vivendo o aqui e relembrando as suas lembranças. A fita se torna monótona porque a estória flerta com uma comédia super sem graça   e um drama de final de vida de seus atores.   Se pedir minha opinião: não indicaria. Até idosos não gostaram da fita em minha sessão. Realmente não vi qualidade nenhuma. O que me espanta é que tal fita se encontra a tanto tempo em circuito ,então deve ter sido aceita por outros. O drama existencial da idade existe, porém é um drama somente “ pra francês ver”, com cenas que não se conectam entre si. Temos um garanhão   amante das duas mulheres dos seus melhores amigos e que agora sofre de impotência, temos outro com problemas de memória e

Os penetras

Por coincidência ou força do esparro que iria me meter acabei entrando de penetra no filme   Os Penetras, do Andrucha, Brasil, 2012 . Comprei ingresso para uma sessão popular, mais barata, pensando que esse era o tal filme a ser visto, depois percebi que não era. Penetrei já sabendo que para fugir de um calor escaldante valeria assistir qualquer coisa e não deu outra. Tinha já lido algumas críticas alertando que tal filme se destinava ao público juvenil, mas como todos temos uma criança em nossos interiores me despi do preconceito pseudo-intelectual e fui ver a já terceira melhor bilheteria nacional da safra desse ano de poucas produções legais, se limitando a filmes independentes apenas a chamarmos de bom. Pois bem, Os penetras têm como elenco principal dois humoristas: um da Mtv e outro da Band com pouquíssima , para não dizer nenhuma, bagagem em sétima arte. Uma coisa é você atuar em um programa humorístico e outra é fazer um papel de protagonista em um longa, completamente difere

As aventuras de Agamenon

As aventuras de Agamenon , Victor Lopes, Brasil, 2012; É digamos a criação de um personagem que era um jornalista que de suma ora uma vez ou outra este se assemelha e se torna familiar a todos. Com a surpreendente bilheteria de   836.184 ingressos o filme é uma grande sátira ao politicamente correto, onde antes de tudo temos um protagonista alheio ao que é certo ou errado seguir e por essa liberdade anárquica do protagonista é que tal filme conta com tantas celebridades dando seus nomes e caras a fim de homenagear o tal do jornalista star. Nomes como o ex-presidente FHC ( não confundir com THC ), a atriz Fernanda Montenegro entre outros. De roteiro se tem bastante pouco, de modo que vale a comédia e o estado de espírito de criação do Agamenon sendo visto em vários lugares e situações sempre se dando mal, claro. Com um elenco basicamente formado pelos integrantes do extinto Casseta & Planeta, por hora vimos por vezes não um filme, mas uma extensão ao programa televisivo mencionad

Através da janela

Através da janela , Tata Amaral , Brasil, 2000; É um drama meticulosamente tramado por sua diretora que conta a estória de uma viúva idosa com seu filho único. A estória é “edipediana”, visto que emoção e razão ou malandragem e carência se misturam nessa relação. A fita nos dá cenas de um baita comodismo por parte desse filho de seus trinta e pouquinhos anos que finge a mãe que procura emprego todo dia santo, porém na vera o job dele era outro e a mãe jamais imaginou o que seria, pois para ela com a sua fraqueza humana devido à prematura morte de seu marido o filho acaba por “ficar” e fazer o papel de “marido ausente”, e ele descarado e mau-caráter como é usa a mãe e se usa nesse jogo descabido onde não sabemos de fato quem é  o marido, filho , mãe e esposa. Uma bela produção nacional cheia de requintes de pensamentos e interpretações do que são as convivências familiares depois de um certo tempo de convívio, ou seja, depois em que todos viram adultos de atitudes e naturezas. A mãe

O exercício do poder

O exercício do poder , Pierre Schoeller , França, 2012 . Imagine ter mais de 500 contatos e nenhum amigo? Com esta frase proferida pelo protagonista dessa fita é que adentraremos no mundo pessoal de um político de alto-escalão. O tal era o ministro dos transportes francês e posteriormente ministro do trabalho. Já aviso aos interessados na película que trata-se de uma fita complexa e cheia de detalhes que se não estiverem ligados passarão “batidos” e acharão o roteiro longo e pouco agradável. Mas não o é, esses pequenos detalhes desse homem poderoso, porém humano fazem toda a diferença. Aquele ditado em que diz que todo homem carrega o peso da cruz que consegue carregar é totalmente pertinente à estória do nosso político protagonista, pois as situações em que ele passa e vive realmente não é para qualquer um. Outro simples mortal no lugar dele já teria infartado. Atravessar o poder e contradizer os poderosos é para bem poucos e deve ser valorizado. O “humano, demasiadamente humano” de

O amor está no ar

O amor está no ar, Rémi Bezançon , 2005, França , e estrelado por Marion Cotillard, ganhadora do Oscar de Melhor Atriz por Piaf - Um Hino ao Amor,consegue ser uma comédia romântica realmente interessante sem pegar o título de piegas ou sem graça. A forma do roteiro da fita prende a bunda do espectador do início ao fim, e prende de forma que nem se pode ir ao banheiro ou pegar um lanche tamanha a agilidade da estória contada, pois bem: vamos a ela então; Trata-se de um garoto de ganha a vida ou como preferirem: ganha o mundo através de um parto prematuro em plena aeronave em vôo. Parto este que faz com que a sua mãe morra por complicações para a ocasião ou lugar. O cara cresce criado pelo pai que era um jornalista de automóveis com esse trauma de avião jurando que jamais colocaria os pés em alguma aeronave. Por força do destino o tal filho gerado prematuramente em uma aeronave em pleno vôo e que futuramente escolheria a engenheria especializada em aeronave como profissão, perde seu pai