Histeria
Histeria , Tanya Wexler, Inglaterra, 2012; Conta a estória da criação do vibrador na Londres vitoriana do século 19. A fita foi classificada por comédia talvez pelo tema abordado ainda como tabu até hoje para muitos: inclusive o nosso querido cristianismo, alegando que prazer sexual para mulher não deve existir, ela: a fêmea, só tem fins de procriação e nada mais. O assunto é colocado em debate na fita em plena Londres de 1880 através de um médico especializado em histeria paralelamente com a filha do seu chefe: que poderíamos classificar para época como uma transgressora em lutar pelos direitos sexuais e de prazer que a mulher não tinha, e de fato como ela discursara: “ Como teremos um país evoluído se não damos direitos iguais aos seus cidadãos?". O filme se baseia em fatos reais que o torna ainda mais interessante por sabermos da criação de um instrumento hoje tão popular que é o vibrador , mas que para época fora uma descoberta e tanto. Fora esse mérito a fita por muitas vezes se torna monótona com um médico com um extremissímo cuidado que tem para com as suas pacientes, que beirava a quase veadagem. Mérito para a atuação da atriz coadjuvante que faz o papel de empregada doméstica da casa dos médicos antes de ser tirada das ruas em sua profissão habitual, que era de prostituta, onde esta rendia cenas engraçadíssimas com a insintência em prestar seus serviços do trabalho antigo, deixando os médicos totalmente sem ações tamanhas investidas transloucadas da tal mulher. Por essas e outras que o filme vale o ingresso, pois além do roteiro estamos assistindo a descoberta com todos os seus sucessos e insucessos de um produto pra lá de útil com até os dias de hoje para a mulherada. Poderíamos escrever sem titubear que o vibrador é sem sombras de dúvidas o viagra feminino atual.
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