O amor está no ar
O amor está no ar, Rémi Bezançon , 2005, França , e estrelado por Marion Cotillard, ganhadora do Oscar de Melhor Atriz por Piaf - Um Hino ao Amor,consegue ser uma comédia romântica realmente interessante sem pegar o título de piegas ou sem graça. A forma do roteiro da fita prende a bunda do espectador do início ao fim, e prende de forma que nem se pode ir ao banheiro ou pegar um lanche tamanha a agilidade da estória contada, pois bem: vamos a ela então; Trata-se de um garoto de ganha a vida ou como preferirem: ganha o mundo através de um parto prematuro em plena aeronave em vôo. Parto este que faz com que a sua mãe morra por complicações para a ocasião ou lugar. O cara cresce criado pelo pai que era um jornalista de automóveis com esse trauma de avião jurando que jamais colocaria os pés em alguma aeronave. Por força do destino o tal filho gerado prematuramente em uma aeronave em pleno vôo e que futuramente escolheria a engenheria especializada em aeronave como profissão, perde seu pai em outro desastre, porém desta vez em terra firme e com muita velocidade em um Lanborguini de ponta para a época. O pai testava esses carros pois esse era o seu duro ofício: degustar carros novos de luxo para depois escrever artigos destes em revistas especializadas. O que deixou mais angustiado o protagonista da fita perder seu pai não fora o acidente de carro em si, pois mais cedo ou tarde pela natureza do pai o acabaria perdendo de fato, mas o que angustiou foi que o fato de o acidente ocorrer ao mesmo período em que ele resolve ir morar sozinho, deixando o pai e tentando começar sua vida quando completa seus vinte anos de idade. E na agradável fita a coisas estranhas só começam a piorarem com o passar do tempo. Desta maneira ele começa sua vida de solteiro com muitas camas e mulheres “degustadas”; em que duas em especial mexe com aquele coração de pedra gaulês, e as duas em um determinado momento do relacionamento tem de viajar para bem longe e ele por ter sido gerado em um avião e por isso ter um grande trauma, a última coisa que queria fazer na vida era voar. A fita tem esse dilema principal: perder o cagaço de andar de avião ou perder as pessoas que preencheria o seu coração tão castigado pelas mortes dos seus pais. Como todo filme que se preze temos um ator coadjuvante que faz o papel de melhor amigo do protagonista, este amigo que por sinal era um porra louca total e vagabundo que resolve passar somente três anos dormindo no sofá da casa do amigo. Pois bem, se continuasse escrevendo acabaria por contar os finalmente desta engraçadinha comédia francesa e inteligente por seu roteiro. Se não é uma película super cabeça, rende algumas cenas boas e com algumas cenas inteligentes fugindo do estereótipo de que toda comédia romântica é ‘”mela-cueca” e que não transmite nada além de besteirol. O filme que mais uma vez comprova que o país que continua produzindo as melhores produções européias ainda é a França e isso já há algum tempo, não importando se é drama, comédia ou qualquer outro gênero. Coisa da qual deve deixar os alemães irritadíssimos pelo “amor” histórico que existe entre os dois países.
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