O Quarto ao Lado
O Quarto ao Lado, dirigido e roteirizado por Pedro Almódovar (em seu primeiro filme falado em inglês; Leão de Ouro em Veneza 2024). Tenho uma teoria sobre o por quê de alguns filmes serem sucesso de bilheteria e outros não. Tudo se consiste em choques e saberão o motivo agora. Pois bem, é sabido por todos que as maiores bilheterias tem como gênero filmes de ação, de super-hérois, e em nosso caso específicamente brasileiro, os filmes de comédia. Este filmes chamam mais público porque possibilitam que os espectadores tomem choques do primeiro ao último minuto da sua duração. Em suma, a maioria das pessoas vão ao cinema para sair, imediatamente, do desconforto que a faz comprar um ingresso, estes a maioria das vezes, caros para a renda do brasileiro. Então as pessoas escolhem aquele determinado filme que te dê um up, sem querer saber se aquela narrativa é interessante ou não; querem é ver efeitos especiais com óculos 3d, e de preferência em uma sala Xplus, para a experiência sonora ser tão arrebatadora que a pessoa saia com aquilo que acabou de ver e ouvir, latejando em sua mente, o que de certa maneira faz com que esqueça um pouco dos problemas da sua realidade. Entratando todo filme tem este dever: deixar o espectador livre dos seus problemas durante aquela hora e meia que estão sentado ali com refrigeração adequada. O que de fato ganha o espectador é aquela escolha fácil de um filme que dê a desalifiada necassária para aquele precioso, o porque não esquecer, curável momento . Daí o blookboster vem primeiro na mente , porque é sabido que encontrará piadas ou metafóras faciéis de serem entendidas e por isso vem a gargalhada que tanto é desejada. Além da narrativa rasa o Blookboster tem personagens que usam o grito entre os personagens para obter uma comunicação mais eficaz, além do som exagerado como ferremantas de pose daquele moribundo espectador que não liga o cinema como uma forma de pensar, e assim mudar o mundo, porque para este indivíduo se mudar o humor dele já está super pago aquele ingresso que só dá pra pagar uma vez ao mês. Se existe alguma forma de mudar isso e as pessoas passem a escolher filmes mais interessantes, eu ainda não sei, alias esta é a pergunta que vale milhões, todavia e aducação passa por meio disso, isto não tenho dúvidas. Pois bem, este insight surgiu após ver o filme do Almodóvar, que fala da morte, e por isso fala tanto da vida também. Temos duas amigas mulheres na faixa dos seus cinquenta, que não se veem há algum tempo por estarem atraladas as suas profissões e famílias. Uma é escritora e está lançando seu livro, com sucesso vivendo em Paris. Em contrapartida a outra passa por um cancêr curável ,inicilamente, na cervical. A doença dá metástase e sua vida passa a ser uma questão de dias, então ela vai a dark web e compra um comprimido para suicídio e chama sua amiga escritora para acompanhá-la, em um charmosséssima casa de campo, para fazer a sua eutanásia, neste caso assistida pela amiga, que de imediato fala que não pode, mas pensando melhor aceita a demanda daquele atípico favor em prol, talvez de um futuro tema de livro ou coisa parecida. O trato se consiste no seguinte: quando chegam na casa de campo, a pessoa com cancêr sempre irá dormir com a porta aberta, e se a porta estiver fechada é porque a eutanásia teria acontecido. E eis que um dia ( spoiler, pare de ler aqui ) a porta bate devido ao vento da janela. A escritora, obviamente, pensa que já foi e podia voltar pra casa, sem antes chorar pela amiga que se encontrava apenas cochilando na beira da piscina não usada, e fala a amiga: “ foi como um ensaio, quando acontecer você já sabe como proceder e como irá ficar, para falar para minha filha e a polícia tudo que combinamos”. E assim foi que um dia a mulher toma o comprimido e parte desta pra melhor. Logicamente que o filme não é somente isso, caso contrário não teria o insight sobre filmes de arte versus filmes ditos como comerciais, e por isso também aconselho calorosamente que vão ao cinema assistir mais uma obra prima de Almódovar; mas a questão não é essa, e sim de primeiro explanar que é tudo cinema, tanto um como outro, então não é muito inteligente fincar uma bandeira para um vida toda, defedendo o filme de arte contra os comerciais e só estes poderão salvar as pessoas, porque para que este filme de arte seja mais assistido é necassário que a pessoa veja quantos filmes comerciais ela queira, para então que migre para um filme “melhor”. Se precisa de uma política pública para que isso aconteça, sem dúvidas, afinal tudo é política, até as artes, e quem não enterder para trás ficará, porque todo radicalismo é até bonito de se ver, todavia ineficaz em sua essência para a mudança, esta , mais uma vez, inevitavelmenete passa pela educação, e trata-se de um processo lento, vejam a China, por exemplo, só anda pra frente em seu PIB , que cresce a cada ano.
Comentários