A Substância
A Substância, com direção e roteiro de Carolie Fargeat, Reino Unido, EUA, França, 2024.
O filme conquistou o prêmio deste ano em Cannes como melhor roteiro, desta maneira que está sendo candidata ao tema do próximo Enem; também não é para menos, já que a obra aborda questões atuais que deveriam ser encarradas , principalmente pelas mulheres, já que os corpos “consumados”, vendidos e etiquetados sempre serão os delas próprias. Como corpo a obra se esgueira e se emcorpa no mundo fitnness, este obviamente uma metáfora para as questões humanas referente ao perfeccionismo e suas implicações em direção ao esteticicamente muito difícil de conseguir. Como protagonistas temos duas; a primeira uma cinquentona, interpretada por Demi More, que se encontra demitida após decádas no mundo fitinees de apresentadora de televisão, todavia o tempo acaba por pegar e sua idade não se condiz ao que o diretor do programa quer: vender alegria e jovialidade. Apesar da cinquentona estar com tudo em cima, a sua demissão é executada, e ela, confusa, acaba por bater seu carro a levando ao hospital na cheia de tons Los Angeles: a terra das celebridades, onde a direção de arte do filme e as grandes oculares acertam em cheio cada tomada ou close nas duas personagens e suas curvas insinuantes. Pois bem, no hospital e ex-celebrity fitness, é ofertada por o médico em que a atende, uma formúla que daria de volta a jovialidade que perdera com a idade; e é exatamente neste ponto em as duas protagnistas se encontram. A substância é aceitada pela recém aposentada,e esta após tomá-la se transforma naquela promessa em ter vinte anos novamente, esta agora interpretada pela bélissima atriz Margareth Qualley. Não que a primeira, a cinquentona tenha desaparecido totalmente; na verdade elas usam um trato de sete dias com uma vivendo e a outra hibernando, tornando o interessante filme a deslizar nos generos da ficção científica e do terror. A jovem quer mais tempo para trabalhar , namorar e se tornar celebridade, fraudando assim o prazo estipulado, enquanto a fraudada se torna mais gulosa e consequentemente gorda, desequilíbrio encontrado em sua versão jovem, já que literalmente esta saiu de dentro das costas descosturadas da mais experiente, porque na verdade ambas são uma só. A Substância nos provoca a pensar em que “cheipe” seria melhor para nós, todavia o fato da juventude ser bela indiscutívelmente deve ser levado em conta, e a consideração ficaria pausada no que se refere a valores éticos da questão do descarte humano, como um padaço de carne a ser substituido sem remorsos, colocando o ser humano como uma coisa menor, sem sentimentos, apenas uma máquina produtora de não sei o quê e que mal sabe o que se espera pela frente, se é que pensam em alguma coisa concisa lá na frente, e isto, as redes sociais que o digam.
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