A Estranha Figura do Aparecer

Ia eu flanando alguma noite semanal pelo rio vermelho, ao lado de um big conhecido, que logo se tornou um amigo de botecos e camarões, que iam surgindo perante a noite de Salvador; e eis que de repente surge em minha frente a garota, à qual sempre fui apaixonado no meu primeiro ingresso a uma Universidade. Trata-se de uma loirinha, que nem de tão boas notas conseguira, mas por seu charme de mulher fatal nos corredores falavam mais dela do que quaisquer presença física sua, já que a própria sempre estava ao lado, nesse caso no lado da praia mais próxima da escola: Jaquaribe, a praia que todos gostavam de surfar e ver aqueles corpões, como da tal loirinha, que me fiz ficar apaixonado logo da primeira vez que a vi somente de biquini, voltando com a prancha na mão, do mar. Pois bem , vi esta pessoa se aproximar, e ao ver de muito perto soltei um gritão: “ Fulana, eu te amo!”. Ela ficou ressabiada e respondeu:” menino, pare com isso!”, eu retriquei: Mas é verdade, porra, eu sempre te amei!”; e ela por fim se descolando da cena, sendo puxada por um ficante ou namorado a que me parecia. Na cena, eu tentando puxar conversa com a minha musa, falei: Poxa, você era bem mais magra, porque se deixou ficar tão gorda? Senti que a pergunta foi exagerada através do jeito da gata ficar, até com este meu big amigo, falando para os dóis ouvirem: “ este papo de vocês estão por fora, um querendo dizer que o outro está pior que no passado, afinal novinho todos não são mais bonitinhos? Nem eu nem ela respondemos, mas deu pra perceber que tínhamos com o que o big falou. A cena findou-se, e fomos eu e Big tomar uma gelada em um outro lugar. Decidimos que para aquela mulher seria necessário entrar com uma Heineken de inicio e caindo o nível com as outras que desceria de forma bem mais econômica. E eis que do nada, a fulaninha diabinha loura senta em nossa mesa e começa a tomar umas cervejas com o seu namorado. Inicialmente a situação ficou tensa, por não sabermos o que o namoradinho poderia vir a nos fazer, e idem nós a neles. Fato é que começamos a conversar : eu, ela e Big. Ela tinha feito uma pós na Espanha, eu disse que tinha passado um tempo na Europa também, além de hum ano em São Paulo. E Big não falando nada, só de boréstia, foi quando o perguntei: ei, e você conhece ela de onde; e ele responde: Nem ela se lembra de mim, mas estudamos o ginásio no Sacramentinas, e ela de fato não lembrava. Éramos três maconheiros naquela noite, flanando sobre o tempo que é viver e se criar em Salvador. Hoje a ficha caiu que naquela noite o Big estava dando seus disparos na minha lourinha: era eu de um lado e ele do outro: por isso que não ficou com nenhum dos dois, alias preferiu aquele namoradinho que ficou assistindo tudo o tempo todo sem nada a fazer, afinal o que ele poderia contra dois maconheiros e sedentos por aquele corpinho. Se fosse hoje, combinaria uma forma de matar a presa com o meu adversário, para que ao menos um, o que ela preferisse para que se conhecessem mais inteiramente. Noites boêmias do rio vermelho que por lá ficam suas saudades e seus aporrenhamentos, também.

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