Pico da Neblina : Primeira Temporada

 

Pico da Neblina, dirigido por Quico Meireles, Brasil/2021. A nova série da HBO América latina aborda a legalização da cannabis em território brasileiro. Como protagonista da primeira temporada da série de dez capítulos que giram em torno de cinquenta minutos cada , temos Biriba, interpretado por Luis Navarro, um traficante da erva que sustenta sua família com o lavoro; família esta composta por sua mãe, irmã e mais duas sobrinhas pequenas, ou seja, Biriba é o único homem da família. A vida do protagonista segue normalmente na “perifa” ou quebrada da capital paulistana até que seu produto é legalizado na câmara federal, e por tal motivo seu corre diário é finalizado; e isto acontece já no primeiro capítulo. Biriba tem de recorrer a outros “corres” para continuar sendo provedor da sua família que, agora tem de Biriba, a continuação do seu pai, famoso traficante dos anos 1990, entretanto para seu filho tratava-se de uma espécie de anti-padrão a ser seguido, pois era traficante de cocaína, diferentemente de Biriba que somente se concebia a paixão pela maconha, endeusando-a, e classificando o pó como veneno em que, jamais usaria e tampouco comercializaria , pois trairia seus ideais de vida. Todavia a maconha agora era permitida no Brasil, e Biriba sem ter onde recorrer, tem de aderir ao esquema da cocaína por pura necessidade. Em seu batismo o protagonista tem de fazer um corre , levando quinze quilos da mercadoria para a fronteira com o Paraguai , entregando-a a um policial federal corrupto de beira de fronteira. A motivação , ou melhor, a ação principal de toda a série acontece no episódio piloto ( primeiro ), onde sucede-se um homicídio, onde esta ação reativa da personagem, serve como “casca” para que este mesmo personagem tenha a personalidade de seguir em frente ,  tanto na vida profissional quanto na pessoal, para os acontecimentos dos nove epsódios seguintes. Fato é que Biriba consegue sair do ramo do pó, e envolve-se, como parceiro de negócios, com um dos seus antigos clientes da ganja, impecavelmente interpretado pelo humorista e ator da turma do choque de cultura, Daniel Furlan. Fundam então a Maria Joana, loja especifica para a comercialização da erva na Vila Madalena, em São Paulo. Não poderia escrever de qual forma Biriba conseguiu quatrocentos mil reais, pois isto seria um spooler de alta periculosidade, de modo que acabaria com todo o interesse do telespectador em assistir a série já no primeiro capítulo. O acontecido é que Biriba tem o dinheiro para se associar a um playboy, e então fundam a loja. O começo é difícil, como todo negócio, e ambos os sócios tentam um produto diferenciado com um uruguaio em Cotia, grande São Paulo. Um de cada vez. O playboy, que é o primeiro : tenta e não obtém êxito com o carancudo e barbudo uruguaio. O segundo: malandro da periferia, consegue dobrar o plantador, e não comerciante, até então. Com a novidade os malucos da cidade começam a saber do novo bagulho bom, e consequentemente a “ Maria Joana” começa a ser conhecida e reconhecida como a loja de maconha com as melhores a serem degustadas. No entreter das tramas nos capítulos da série, vemos como os sócios se viram para continuar no agora hiper competitivo comércio da cannabis no Brasil, mesmo que para a aprovação da erva no senado federal, tenha que ter permitido um montante na margem de quarenta por cento de todo o lucro oriundo da planta cannabis sativa para o estado, ainda assim o comércio eram um dos mais lucrativos neste Brasil fictício. A segunda temporada da série já encontra-se disponível no canal norte americano, e deve continuar sendo uma boa pedida no streaming.