Manifesto

 A escolha seria a assessoria de imprensa para o festival de cinema de Salvador, em 2021. Em tempos tortuosos de pandemia o festival de cinema de Salvador de 2020 ocorreu em fevereiro recente passado, e foi observado muitos erros de comunicação estratégica ou comunicação com meios multimídias e com influenciadores digitais, estes neste especifico caso, os críticos de cinema de uma maneira geral, pois ainda em festivais de cinema, com filmes selecionados a dedo, os youtubers não se aventuram por não ter filmes rasos de se analisarem e também pelo motivo de ter muitos filmes em só um dia, sendo que o festival ocorre em sete dias, coisa que permaneceu neste primeiro formato on-line , talvez a única estratégia acertada durante o festival Panorama Internacional Coisa de Cinema. Por este motivo elaboraremos um plano de assessoria de imprensa diferenciado para que, primeiramente: os mesmo erros não acometam-se novamente, e segundamente: implantar novas estratégias comunicacionais sob a finalidade de termos , agora em Outubro, um segundo festival on-line mais rico e interessante do que o de fevereiro de 2021.




Em outubro acontece a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que, pelo segundo ano terá formato on-line igualmente ao Panorama. O que poderíamos fazer para nos diferenciarmos da Mostra, já que é impossível se compará-la no segmentos filmes, então busquemos novas diferenciações, como por exemplo, ampliar o público alvo para todos os habitantes do planeta terra, e não somente os brasileiros, e estes que tenham seus pés arraigados em solo Brasilis. Os festivais de cinema nacionais adotaram esta política de público nacional para ter uma melhor visualização dos principais participantes/públicos, para então mostrar na mídia: " Olha, o público de Salvador compareceu em massa ao festival on-line ", o que de fato é uma falácia, já que o público soteropolitano não gosta de cinema tanto assim, e é sabido por todos já que em todas as edições presenciais a cobertura de imprensa é quase nula, e em se tratando de televisão então, é nula. Pensando desta maneira de examinar os fatos assim como eles são apresentados, abrindo a entrada no site para ver todos os filmes a qualquer cidadão interessado, o número certamente seria maior , e de quebra, acabaria com este discurso que temos "uma turminha grande e fechada" que consome cinema de qualidade na capital. O festival de cinema de Salvador teria que ter como prioridade um melhor e mais antenado sistema de comunicação com a imprensa, e principalmente com as maiores, onde o público grande está e poderia dar um feedback à altura das pretensões do Panorama. Me refiro a Tv Bahia ( que maravilha seria entrar com um repórter direto do cinema, em tempos antigos, chamando o povo para ir ao festival. Entretanto para que tal fato ocorresse seria necessário um preço a se pagar, e este grande e político por partes dos organizadores do festival, seja este on-line ou presencial. O preço seria a irrealização de "sonhos" por parte de uma sociedade mais justa e igualitária, pois o mundo real atual não permite tamanha hipocrisia. Não importa se os organizadores são ultra esquerdistas ou não, isto só diz respeito a eles e seus próximos. O público não precisaria ouvir a Olívia Santana nos dar boas-vindas, caso que aconteceu em fevereiro desse ano. Quando se fala de paixões é preciso "medir a mão", ou neste caso os convites. O Panorama carece de ser mais democrático sem partidos preferíveis para conseguir se tornar um produto mais atraente, e isto não significa que tenhamos de abrir mão de escolhas filosóficas, mas que estas sejam escolhas puras e simplesmente abertas, e nunca "nossas escolhas". O mundo contemporâneo funciona devido a pandemia concutamente de forma bipolar, então nós comunicadores temos que ser atualmente psicólogos na hora de pensar estrategicamente para uma formulação de um eficaz plano de assessoria de imprensa para o próximo evento. No que tange a curadoria esta poderia ser mais diversificada: são cartas marcadas todo o ano, e pior: deixando de fora quem entende bem mais de cinema, e convidando fulano ou beltrana somente porque com eles a comunicação é mais fácil por não terem nenhum impasse político-social-filosófico. Como Salvador é um ovinho, está mais que na hora de unir as poucas cabeças que levam o cinema à serio. O atual prefeito Bruno Reis se elegeu com uma proposta interessante para o setor audiovisual: transformar Salvador em uma " Paulínia", se tornando o maior polo industrial do cinema do norte-nordeste, inclusive passaria Recife. Como comunicadores estrategistas podemos cobrar o prefeito , e quando digo cobrar é para todo mundo ver, e se não for na rede Bahia, por ter parentesco com o ex-prefeito ACM Neto e o atual ter sido o seu vice, que seja então na TVE, Aratu ou Record; enfim com qualquer uma destas que tope entrar no telejornal da noite, com um repórter esfregando o microfone na boca de Bruno Reis e indagando-o quando este polo audiovisual se transformará em realidade ou foi apenas uma promessa de campanha. No tocante a comunicação com a internet, mais conhecida como comunicação digital, o Panorama, sem sombra de dúvida, precisa enormemente ser mais arrojado. Como estamos falando de um evento que recebe verba pública, tanto do estado como do governo federal ( sabemos que a verba não é a que merece um festival de cinema com a terceira maior população das cidades brasileiras), todavia ainda assim o Panorama poderia ter mais sucesso no mundo digital. Por exemplo: teve-se propaganda no Instagram, mas esqueceram de colocar no facebook: erro gravíssimo. Poderia colocar a metade do dinheiro que se coloca no Instagram e a verba migrar para anúncios na televisão local, além do já mencionado facebook. Não podemos colocar a chamada no comercial da novela das nove por a verba ser pouca, mas poderíamos diversificar com banners nos meios digitais e impressos dos jornais Correio, Tribuna e A tarde. Quem lê jornal tem mais chance de gostar de cinema e acessar o site para assistir aos filmes. Todo festival de cinema que se preze, e é o caso do Panorama, tem a obrigação em ter uma linha editorial em que sessões e obras fílmicas conversem, de modo que a ideia geral de um festival de cinema é ter um propósito: uma ideia ou um ideal a mostrar e defender, ou apenas apresentar fazendo a menção ao público de que aquela escolha foi acertada e aquela pessoa ou aquele estilo cinematográfico sejam dignos de uma homenagem com verba pública. Na Bahia ainda tem muita gente boa para homenagear, todavia neste específico ano e formato, seria mais eficaz , e isto quer dizer que terá mais empatia com o público, homenagear alguém vivo que presta ou já prestou serviços para o audiovisual baiano. Sugeriria dois nomes: Edgard Navarro e André Luiz Oliveira. São inúmeros os filmes desta dupla, sendo apenas diretores e roteiristas ou atores, neste caso só Navarro, onde, como já ocorrera em outra edição do Panorama, ter-se como principal cartaz, na porta do cinema Glauber Rocha, O Navarro como o Super-Outro; então tirando o filme citado, todos os outros filmes da dupla poderiam ser explorados para com homenagem e estampação do layouts da edição. Pegaria bem homenageá-los por estarem vivos e ainda na ativa durante a peste da Covid-19, onde tantos outros perderam suas vidas, então estratégicamente homenagiar um morto, nem que este fosse Walter da Silveira, em 2021 seria um desastre total, pois o sentimento de morte está muito latente, e com sentimento não se brinca por este ser incongruente no que se refere a monetização, e esta pode ser vista como forma de dinheiro ou de imagem, sendo esta última mais importante porque imagem atrai patrocínio. De suma podemos dizer que o Panorama-2021 deve ter uma mente mais aberta para o lado comercial, jogando o dinheiro onde o povo vê, para então depois acontecer o processo de fidelização, e por consequência colocar o festival de cinema de Salvador como um dos mais importantes do Brasil, e para isso ele primeiramente precisa pensar em ser grande, ou seja, não ser só de "Esquerda", mas de "Direita", e também do poderoso "Centrão". E democratizando que o festival cumpre a sua missão: transformar pessoas mais críticas e atuantes por consequência em sua vila. É olharmos para o mundo sem restrições que escolhemos a vila que queremos ter. Se puder resumir em uma só palavra o que está faltando ao Panorama esta seria Estratégia; e uma boa assessoria de imprensa é mais que fundamental.

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