Quero ser Zanin


Nada a ver desmerecer quem serve em comparação há quem é servido. Digo isto porque a crítica cinematográfica tem essa liberdade: de servir e, por vezes, não sentir tanto o filme em comparação ao autor da obra. Alias a função do crítico é essa: olhar de maneira “fria” o que lhe foi visto. Sim: existe um grau de perfeccionismo na profissão, quer queiram ou não, estamos em uma espécie de júri, representado algumas pessoas ou muitas pessoas. Embora a profissão, de inicio, pareça se defrontar somente com filmes e mais filmes vistos, e isto daria uma base boa para escrever sobre cinema. Que nada, assistir filmes é obrigação ou que juiz seria este se não estudasse as leis?  Cada um se diverte como pode, e nem por isso sejamos superiores ou inferiores a nenhuma classe padronizada e com carteira assinada. Por exemplo, agora o Zanin ( este qual coloquei o título no texto ) está cobrindo o festival de Veneza, e deve ter coberto também os festivais de Cannes e Berlim. Fato é que cada profissão têm seus ídolos, há quem olhar quando quiser crescer: na minha, Zanin é o cara: uma espécie de bussola que nos guia para não sairmos do trilho. Talvez isso se suceda ao fato dele ter um mestrado em psicologia clínica. E perguntem a ele se ele se acha “menor” que um diretor de filme. Cada macaco no seu galho, cada qual que se aperfeiçoe no que lhe é cabido. Se a pessoa tem mais papel de justiceiro, então que lhe seja crítico, e se for mais pavio curto, ora que vá ser cineasta. Quando era pequeno queria ser Zico, agora cresci e quero ser Zanin. 

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