Stranger Things – Segunda Temporada
Stranger Things – Segunda Temporada, do Netflix,EUA, 2017. O
orçamento ganha robustez em comparação a primeira temporada. Cada episódio
ganhou mais dois milhões de dólares para a sua produção. Ou seja: Na segunda
temporada foi investido o valor de sessenta milhões de dólares. Em comparação a
primeira temporada, que só conseguiu arrecadar quarenta e oito milhões; valor
bom também para uma temporada de estreia. Todavia a série ficou mais cara por
ter mais um capítulo, nove ao invés de oito. Os irmãos Duffer: Matt e Ross; diretores e
roteiristas da série já acertaram com o NetFlix, ao menos, mais duas
temporadas, isto é, até 2019 teremos garantidos no final de cada ano uma nova
aventura de nível acima da média em sistema de streaming. Antes de começar a assisti-la
mencionarei alguns toques, ou macetes, para que, vocês, leitores, usufruam ao
máximo a esta experiência sobrenatural. Primeiramente tentem “maratonar”. Ou
seja: vejam as noves horas dos nove episódios em uma só sentada, ou deitada,
como preferir. Definam um sábado ou domingo para isso. Fazendo isso à
assimilação das informações virá mais intensa e a série será, com certeza, mais
curtida, e consequentemente ficará registrada em vossas mentes cada cena ou
música preferida dos nove episódios. Você fazendo isto, agora partirá para o
próximo passo, que é: quando acabar de assistir a todos os capítulos, tente
assistir algum crítico youtuber, ou até ler alguma crítica impressa sobre a
segunda temporada, além de tentar ler algo da primeira temporada para refrescar
a memória. Isso será útil para que, quando você estiver acabado de assistir as
duas temporadas, terá não só o seu olhar da série, mas outros olhares de
especialistas que, com certeza, te deixarão ver os fatos sob outro aspecto.
Particularmente este crítico, já de “supetão” escreve o que achou de melhor
nessa segunda temporada: e não foram o maior orçamento, a nostalgia dos incríveis
anos oitenta, os melhores efeitos sonoros e visuais, ou tampouco a entrada de
novos personagens, mas sim como estes novos, e principalmente antigos
personagens, foram reconstruídos genialmente pelos irmãos Duffer. Em comparação
a temporada passada, o núcleo dos quatro amigos: Will Byers , Dustin Henderson, Mike
Wheeler e Lucas Sinclair, torna-se mais distantes, ou escrevemos, mais independentes,
afinal faz hum ano que a segunda temporada começa na cidade fictícia de Hawkins, em 1984,
e consequentemente os atores crescem também. Outro fator interessante dessa
temporada é que após quase exato hum ano escondida de todos, menos do delegado “herói”
Jim
Hopper , a protagonista “On” ou “Eleven”, interpretada bem pela
jovem Jane Ives , esta que entra numa jornada em tentar saber quem ela é, e da
onde veio, procurando sua mãe que pira quando tiram sua filha de seus braços
logo após o parto. A série tem a expertise em fechá-la, assim como se fecha um
buraco negro invertido, no mais limiar e latente sentido destas palavras
escritas, de forma a não deixar brechas no quesito dúvidas. Ou melhor: tudo que
estava no roteiro escrito dos irmãos Duffer, de uma forma ou de outra, foi
explicado na temporada; e vou mais além: deixam-se lacunas inimagináveis e
quase incalculáveis no sentido de criar mais e mais personagens interessantes e
cheios de vida para as próximos temporadas. Arisco-me a dizer que, com as suas memórias
dos anos oitenta vividas, aliada as suas capacidades cognitivas em criar
histórias geniais para seus roteiros, Stranger Things pode se transformar na
série do serviço de streaming mais bem sucedida da história, superando inclusive,
Game Of Thromes. Qualidade para isso sem dúvida; têm.
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