Metal contra as nuvens
UFBA
Instituto de Letras Vernáculas
Disciplina: Oficina de Textos II
Professor: Paulo Henrique
Aluno: Diogo Berni
Análise
argumentativa individual da música do Legião Urbana: ”Metal contra as nuvens”.
Observei que a música acontece em 4 atos, e a expressão"sopro do dragão” também é ouvida em todos os quatro.
De essência a letra refere-se a temas, como: Democracia
( e a falta dela), contexto social desequilibrado ( mais ou menos como o nosso
atual ), Positividade ( Ainda assim, segundo Renato, temos que manter o
pensamento positivo ), e por fim identifiquei , em maior força que as citadas
anteriormente, o lado anárquico da letra. Quando ele canta que é “metal”, isso
quer dizer que não adere-se ao governo e tampouco ao sistema do capitalismo;
ele é metal porque consegue resistir e “remar contra a maré”, e por isso pode
ser considerado como se fosse a uma “ mosca na sopa” ou um “ sopro do dragão” à
quem acredita nos valores , dos quais ele, Renato Russo, tem e sente ojeriza.
Sobre o segundo ato ( e é importante salientar que os “atos”
foram divididos dessa maneira pela melodia ou acordes da viola do Renato),
solidifica e endeusa a sua terra natal: Brasília, que segundo Russo, apesar de
ter a fama de ser terra de corruptos, o povo brasiliense não tem nada a ver com
isso, sendo honestos como a maioria dos brasileiros.
O terceiro ato, ou melodia diferenciada da música,
volta a questão da metáfora “ o sopro do dragão”, onde na real Renato quer
literalmente jogar uma bomba na planalto central para matar todos os corruptos,
porém devido a sua impotência para cometer tal ação ele se indigna na letra e
se intitula como um antissocial.
Já sobre o quarto e último ato melódico da música , ele
prefere viver sob uma espécie de bolha “ficcional” ao invés de encarar a
realidade político-social que vive seu país. A utopia é vista e quista também
sob outros aspectos, tais como a beleza etc. Se torna impotente, dormente por
morar em uma “Terra de ninguém”, e se culpa por isso, porém mantém uma ponta de
esperança para que tudo mude, mesmo achando difícil em seu interior.
Podemos verificar e confirmar que o Brasil do Renato
Russo dos anos 1990 e 1980 é bem parecido com o nosso atual, e por isso a letra
torna-se, também, atualíssima.
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