La La Land: Cantando Estações
La La Land: Cantando Estações, dirigido e roteirizado por Damien
Chazelle, EUA/ Califórnia, 2017. Esperei o Oscar acabar para escrever esta
crítica, e deu Monlight como melhor filme após o apresentador ter mencionado La
La Land como vencedor, isto é, um papelão sem precedentes na cerimônia do Oscar. Como não vi
Monlight resenharei o filme ganhador de melhor atriz e melhor direção para um prdi[ígio de apenas 32 anos de idade: La La Land. Sonhar é
bastante bom, não achas? Todavia a vida real é bem diferente do que você queria
ser. Por exemplo, quando criança estava convicto que seria um Zico devido a
paixão pelo esporte, porém logo vi que “Zicos” existiam de montão e em boa
qualidade. La La Land conta a estória de dois sonhos: a de uma atriz que serve
café querendo o estrelato em Hollywood e a de um pianista que sonha em salvar o Jazz
original, de raiz. Uma coisa que me intrigou e de certo modo passou batido até
agora fora os diálogos do ator coadjuvante. O cara sempre quando defendia o
Jazz de raiz tinha de atacar o samba; opa peraí : que o Jazz é um ritmo muito
massa e você defendê-lo do por ser norte americano vá lá, mas o que é que tem o meu samba entrar nessa
história; Um precisa ser destruído para o outro existir? Acho que não,
embora o filme tenha remado nessa direção e não tenha colocado nem uma música
sambística “para se defender”. O Jazz fora um movimento negro musical originado
em New Orleans em 1930 nos EUA , enquanto o samba é uma raiz brasileira desde todo o sempre, isto é, não tinha nada a ver o diretor jovem de 32 anos querer
comparar ou desqualificar um ritmo em prol do outro, pois os dois são excelentes
criações artísticas musicais em cada quais em seus locais e circunstâncias. Todavia
tratando de La La Land: Cantando Estações, já sabia que um musical como este
não pode e nem poderia ganhar o Oscar de melhor filme por um simples motivo: A
história, leia-se roteiro ou trama esta é fraca e ponto final, e até indigna em seu final, onde não precisa pisar em todo mundo para virar estrela de ponta do cinema mundial. Ademais a estória
ser fraca, esta não acrescenta em nada as pessoas de hoje, pois trata-se de sonhos ou devaneios,
isto é, de mil apenas uma pessoa consegue realizar o que quer. Ou seja: Sonhar
ainda continua ser bastante bom para o corpo e para alma, porém a realidade é
bem diferente do que você queria ser. Apesar de não ter visto ainda a Monlight
, gostei do filme ter ganho pelo motivo ou circunstância de não enganar as
pessoas e contar a vida como ela é, ou seja, real e ainda por vezes cruel. Mas voltemos a nosso filme que é La La Land;
temos como personagens centrais um músico muito enraizado em seus ritmos e uma
atriz que está cansada de levar “nãos” em seus testes em Hollywood, como já mencionado. Todavia eis que a
trama muda com um fazendo sucesso e o outro nem tanto, fato este que estremece e desbaratina para o lado ruim drasticamente todo o rumo da estória, e não que isso seja inatural no mundo do
cinema de Hollywood. La La Land, como o próprio título vem a sugerir, conta a
estória de sonhos de alguns que tentam a qualquer custo o estrelato, embora
saibam que isso é bem difícil. Acho que se fosse para deixar algum recado esse
filme que bateu na trave na premiação do Oscar 2017, poderia dizer a nós: “
Olha rapaz, apesar de tudo ainda vale a pena acreditar no seu sonho mais impossível, pois se este for
verdadeiro no mínimo ele terá uma boa historieta a contar”. Torci imensamente
para que o filme não ganhasse, pois só tem essa história moral faltando
elementos fílmicos, principalmente no quesito da nossas realidades atuais, para ser um bom filme, e ainda bem que não ganhou. De suma o filme conta
a história de sonhos, estes que estão atualmente, até por contextos políticos
mundiais, bem distantes das nossas realidades, e que bom que a academia de ciências
e artes da Califórnia teve a sensibilidade de perceber o que é de fato utopia e
realidade, porém ainda assim vale ser conferido, pois como diz o ditado:" o sonho não pode acabar" nunca, por mais que este seja descabido e em momento inoportuno por o mundo atual andar tão de cabeça para baixo.
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