Holy Hell



Holy Hell , produzido pela CNN, EUA, 2016. Quando pensamos em seitas imediatamente nos relocamos nossa atenção há algum tipo de religiosidade ou a algo que se proponha a essa ideia, mas nem sempre é assim. Uma seita pode ser considerada uma por seu nome pelo simples fato de fazer lavagem cerebral e isso sem que seja necessária uma religião no meio. Neste estupendo documentário da rede americana CNN, que pode ser visto na NetFlix, acompanhamos por vinte e dois anos, até 2007 ( então faça seus cálculos desde quando começou) uma seita atípica onde se dançava balé todos os dias, gosto esse do seu guru: um ex-ator que fez uma ponta no filme o Bebê de Rosimere, e ex-ator pornô também, porém a sua grande capacidade cerebral não estava nos palcos , mas sim no convencimento através de técnicas hipnóticas onde cria a sua seita e lá vive por mais de vinte anos como um rei com vários escravos envelopados pelos feitos do seu guru espiritual supremo acima do bem e do mal , obviamente. Além das técnicas hipnóticas e um alto grau de convencimento por seu corpo escultural o guru da seita teria outra carta tão ou mais poderosa que outras já citadas. Toda a sua performance tinha como canal inspirador um livro do homem que conseguiu alcançar o Nirvana, Mahatma Java, se não me engano ou algum Buda da Índia que escreveu uma espécie de bíblia do Budismo. Fato é que é uma catarse de sentimentos que o documentário provoca, pois vemos “ os próprios escravos” da seita narrando os noventa minutos do filme , inclusive com a afirmação de que todos os homens do grupo tinha tido relações sexuais com o guru psicopata e ainda pagavam para ter tais relações cinquenta dólares nas vulgas sessões de hipnose , o que na verdade só rolava sexo e um não tinha coragem de falar ao outro até que alguém conta a verdade e tudo vem a tona fazendo com que o Guru se mude de estado para não ser preso. Chegando ao Havaí e com outro enorme grupo de seguidores o Guru parece que se dá mal, parece porque não o vemos algemado ou algo do tipo, mas fica essa impressão por os narradores do filme, que são suas ex-vítimas, afirmarem que ele tinha que pagar e tal e talvez tenha sido isso que aconteceu no Havaí, mas também isso é puro “achomêtro “ desse que vos escreve. Um baita documentário.

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