Mate-me Por Favor

Mate-me Por Favor, da Anita Rocha da Silveira, Brasil-RJ/Argentina, 2016. Em minha profissão tenho que ser um juiz sempre que escrevo. O crítico de cinema tem de chamar a "responsa" e taxar uma obra como boa, ruim, até mesma mediana. Julgar alguém nunca é confortante, em tratado-se de um trabalho artístico onde dura meses ou anos para ser finalizado, aí vem um jornalista e escreve: é ruim e ponto; é no no mínimo angustiante pra quem o fez e também pra quem dá o veredito. Mas alguém tem de servir de tripé e encurtar a distância entre o que o diretor fez e o que o publico entenderá. Esse é o nosso papel como críticos: tornar o mais entendível possível a obra que está em cartaz. Toda esta introdução foi feita pra taxar sem medo de ser feliz e afirmar que o filme Mate-me Por Favor, o primeiro longa da diretora , inclusive, é deveras confuso e seu arco narrativo nem um adulto cinéfilo, como este que vos escreve, teve a capacidade de entender. Quando refiro-me que nem um adulto entende o filme, é porque este destina-se a um público teen, fato este que só piora as coisas. O gênero de suspense é super bem vindo ao cinema nacional, carente deste, porém que venham suspenses mais completos, por favor! A impressão que este crítico teve é que não faltou vontade da diretora em abordar diversos mundos com diversos problemas, mas é que talvez nesse ponto que o filme se torne extremamente confuso e de fato incompreensível. Como pano de enredo temos quatro adolescentes fêmeas, que cada uma diz um pouco da diretora, segundo ela própria afirma. Todavia o problema está nesses tantos personagens "protagonistas" onde várias personalidades falam e "gritam", mas de fato não conseguem comunicar nada. O que tem-se são assassinatos em série em uma escola localizada na Barra da Tijuca, bairro carioca, e uma vontade imensa de saber quem mata e quem será o próximo morto, mas que no final das contas saímos do cinema mortos é de cansaço e sem nenhuma resposta. O filme ganhou os festivais do Rio e Salvador do ano passado, mas se fosse júri, com certeza o prêmio não seria para o filme.

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