Cinema Novo - Filme de Abertura do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Cinema Novo - Filme de Abertura do Festival  de Brasília do Cinema Brasileiro, dirigido e roteirizado por Erik Rocha, Brasil/RJ,2016. Dei um "tapa na pantera" e fui ver o documentário do filho, que tem minha idade-38, do mito Glauber Rocha. Logo na Van que sai do hotel para o Cine Brasília deparo-me com o cara no fundo da Van. Não puxo assunto por hum: não conhecê-lo pessoalmente, e dois: sou tímido; mas já percebo no trajeto da Van a puta "responsa" de ser filho de quem ele é: o maior cineasta brasileiro de todos os tempos por criar o cinema novo, este fora apenas uma ideia ou na melhor colocação das palavras:um ideal. O cinema novo era tão transcendental que ele pegava "um puxadinho" de ideologia dos cinemas: russo, italiano , francês e também do norte-americano, por incrível que possas imaginar e parecer, mescla tudo isso e temos a concepção da ideia do que se tratava o Cinema Novo ou seu movimento da anarquia total. Já na apresentação do filme o diretor discursa sobre a sua tentativa , exítiva, escreva-se de passagem, de misturar foto montagens e cenas inéditas do pai com a poesia. Sim: Óbvio que por ser o festival de cinema mais tradicional do país teve um Unisino "FORA TEMER", sendo este o primeiro grito dado por Eryck Rocha quando subira no imenso palco do cine Brasília, local este para um público de seiscentos assentos super confortáveis e ainda um ar-condicionado também condizente. ou seja: nem frio e nem quente demais; no ponto pra ninguém reclamar, se é que isso é possível por Brasília realmente abrigar todos os brasileiros de  todas as partes desse nosso continente primeiramente apelidado pelos portugueses de " Terra Brasilis" Os noventa minutos do documentário premiado esse ano em Cannes como Palma de Ouro -Palm D'Our passa-se tão deveras rápido e caceteiro como uma forma visceral, latente e por vezes tortas de uma bela poesia. O filme ganhou Cannes este ano, e poderia ser ano que vem ou o passado, pois ganharia em qualquer ano, porque os franceses, criadores do cinema,  tem a sensibilidade de "sacarem" que a história do cinema brasileiro e "quiçá" do cinema latino-americano já estavam prontos e escancarados para quem pudesse querer entender de certa maneira o surgimento do Cinema Novo.A obra fílmica não esquece de cravar que tal movimento que vinham ganhando premios a granel em festivais internacionais mundo afora tinha a sua certeza de origem: na Bahia sob o comando firme e louco de Glauber Rocha e seus companheiros , e uma vez ou outra alguns diretores centristas contribuíam com ideais e filmes que tinha o espírito do Cinema Novo, no inicio dos anos 1960. O documentário, por vezes um tanto sentimental por razões óbvias: que é a homenagem que um filho, sabedor que não tinha capacidade intelectual e acima de tudo  incapacidade "culhõeslísticas" de ser  como seu pai; um porra louca, mas que através do seus inúmeros charutos, cigarros, baseados e também cachaça diariamente como religião contra males do espírito e inveja alheia dos "porcos carniceiros" , estes que mundão afora são os mais fáceis de encontrar. Ou seja: a maioria da classe humana que tem de tomar no cú pra conseguir comprar o dinheiro pra comer no final do mês e nada mais que isso. Obviamente não poderia de comentar que além da homenagem poética ao pai e seus fieis escudeiros, que eram cineastas também e membros da "ideia da implantação do Cinema Novo", mas não na utopia, e sim realidade. Todos estavam no mesmo barco em busca de uma utopia para melhorar não somente o cinema nacional, mas o país como um todo através da ideologia do Cinema Novo de Glauber. Tenho convicção que a solução da sétima arte serviria para o Brasil também: pegar o formato e ideias principais a partir do cinema novo da turma de 1960 e mandar bala, mesclando com os poucos bons que produzimos hoje em comparação aos grandes papas prêmios de troféus internacionais. Sei que os tempos e o cinema também são outros e evoluiu, porém ideia como a do movimento do Cinema Novo é mais que urgente para o momento político que vivemos, isso sendo PT ou PSDB, ou direita ou esquerda,se é que essas bandeiras ainda existem. Enfim um filme que corri ao máximo para não colocar política no meio, mas inevitável pela conjuntura caótica e sem rumo algum deste país jogado às traças, e estas das piores estirpes.

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