Café Society

Café Society, dirigido e escrito por Woody Allen, EUA, 2016. Todo ano temos uma certeza:terá um filme de Woody Allen, e que bom que isso acontece. Aos oitenta anos de idade e com um vigor físico de envergonhar qualquer personal trainee, pois jovialidade está na mente, e como nós, do ditado, sabemos: cabeça é que segura corpo e não o contrário disso. Li tantas críticas acerca do filme , mas citarei apenas uma que considero emblemática por quem assinou: Ignácio Araújo da Folha; um senhorzinho que sabe das coisas. Segundo ele este foi o melhor filme do cineasta nos últimos dez anos ou dez filmes, porque a obra fílmica prima por uma baita cenografia da época de tempos vindouros do cinema dos EUA dos anos 1930, e ainda Allen consegue assinar um exímio roteiro exclusivamente já reservado a determinado ator ou atriz, afinal é só estalar um dedo para que eles aceitem algum convite do gênio estadunidense. O filme em questão, com uma baita trilha sonora (também, não poderia deixar de escrever esse primoroso detalhe, bem aos anos 30 com blues rasgados e viscerantes),conta a vontade, alias o sonho de uma rapaz de Nova Iorque de mudar para Los Angeles e lá fazer carreira no cinema. Com um QI altíssimo o rapaz consegue adentrar no mundo dos famosos e suas festas chiques, e até consegue uma namorada que já tinha outro namorado. Ou seja: consegue uma meia namorada, interpretada pela eterna vampirinha da saga Crepúsculo Kristen Stewart. Todavia nem tudo que reluz é ouro, e o rapaz vai vendo que está entre os maiores do cinema não seria tarefa tão fácil assim, apesar do seu Q.I. ( aqui leia-se Q.I., como quem indica) e sua alta simpatia que beirava ao enjoamento de tanto sorriso nos lábios. Com um jeitão nerd o nosso protagonista, interpretado por Jesse Eisenberg , volta a Nova Yorque com aquela sensação que poderia ter dado certo na terra do cinema, mas como a grana tinha acabado o jeito era voltar e trabalhar com seu cunhado em um cassino clandestino, típico e lindo dos anos 1930. Atividade esta ilícita e o personagem central sabia do fato, mas que para ele , parecia com aquilo do que mais gostara:o cinema. Ou seja: pra ele tanto fazia se estivesse fazendo algo ilegal ou produzindo sétima arte, pois os dois no fim teriam o mesmo objetivo: transcender a mente e os desejos humanos. Filme super interessante do mito estadunidense. Vale a ida sem medo de ser feliz.

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