Chico – Artista Brasileiro

Chico – Artista Brasileiro, do mesmo diretor do documentário Vinicius, Miguel Faria Jr., Brasil, 2015. O documentário é dividido em três partes; a primeira que fala da pessoa física, a segunda da pessoa jurídica ( artista, sendo que a primeira e segunda parte se misturam ), e por fim a parte final que é a estória ou saga que Chico faz para ter noticia de um suposto irmão alemão que seu pai o teria fecundado em Berlim por volta de 1920 quando passeava por lá. Portanto então vamos por partes históricas; o documentário se inicia com Chico contando como era ser filho de um baita historiador, e ele como era arteiro, quão difícil era a relação pai-filho. Entretanto quando perguntam para o Chico o que ele se considera mais: Músico ou escritor? Chico sem titubear dispara escritor, pois desde muito pequeno tinha uma vasta biblioteca e era conhecedor dos principais títulos da literatura, e a música por sua vez só entrou em seu universo um pouco mais tarde somente por acaso, ou seja, até ganhar o primeiro festival de música da Record, Chico Buarque entendia a música mais como um hobby que profissão. A ficha só viria a cair quando em solo estrangeiro se viu sem grana e já com família para sustentar, casado há trintas anos ficou com a atriz Marieta Severo, tendo três filhos. Já entrando na segunda parte, ou na pessoa jurídica, o próprio Chico Buarque de Hollanda narra quem são seus principais parceiros, as músicas que marcaram as parcerias ou as outras que compunha sozinho; traduzindo: A segunda parte do documentário narra praticamente só os lorós da carreira, e não as dificuldades, fato este que senti falta; é bom saber os dois lados da laranja. Todavia o filme tinha de continuar e então entremos na terceira e melhor parte do documentário; Onde a saga de Chico por seu desconhecido irmão alemão. Para quem leu o último livro de Chico ( Irmão Alemão ), logicamente estará mais por dentro da narrativa, mas para quem ainda não leu o entendimento também é possível. Em suma temos o Chico pegando um avião à Berlim, e lá, encontra pista que seu irmão também tinha sido um artista, mas só que de televisão, tipo ator, e que com sorte teria conhecido ao menos uma música do seu irmão ( A Banda ), sem certamente saber de quem era. Às duas horas de filme se passam instantaneamente pelo fato de principalmente termos o narrador como próprio protagonista do filme; e Chico, com sua graciosidade peculiar, contando sua história é definitivamente a cereja do bolo deste ótimo documentário.

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