Homem irracional

O cartesianismo humano. Homem irracional, dirigido e roteirizado por Woody Allen , EUA, 2015. O nome o filme vem exatametante do oposto disso, ou seja, o que iremos resenhar não se trata de nenhum homem irracional, mas sim um extraordinário pragmático, e por isso incrivelmente racional, cartesiano, e que por tais características não vemos por acaso de bobeira na esquina. Agora multiplique estes esquenados e então terás um roteiro “Holliwadiano” ( Woody Allen mais Hollywood )que fatalmente se desencaderá em um formato fílmico. Incialmente na trama temos um professor de filosofia e uma aluna que lhe chama a atenção, e nesse mês meio "termo" temos o professor que tem uma tese a defender de um filosofo desconhecido, mas que para ele é um gênio, e ainda um caso com uma professora, trocando em miúdos tem dois casos ao mesmo tempo. Diálogos acontecem e sucedem-se bem ao estilo do diretor de explicar o explicado, porém com sua baita genialidade já conhecida por todos. Fato que acontece o que é de nós esperados, ou seja, algo suscetível, concreto na narrativa dramática do filme. O professor mata alguém. E ninguém que de fato lhe tenha feito concretamente algo ou alguma coisa. Assassinato este causado por um soslaio e de tocaia, é importante salientar este parte, que nosso protagonista ouviste em um coffe bar , uma conversa de uma suposta vítima que estava sendo injustiçada em uma ação que imprimaria o filho desta personagem. Em função desta ação que ouvistes de soslaio ou de beira de ouvido, não sabemos que, por hora tal acusação seria fato verdadeira ou fato falsa. Todavia sem pestanejar nosso protagonista tira o gatilho ou inicio de sua ação dramática do ar e então resolve agir, planejando uma ação para matar tal juiz. E esta se sucede com sucesso e sem mais perigos com o ator colocando veneno no café do juiz em um parque público. A síntese da trama está no exato momento do assassinato, tirando os romances e tudo o mais. O curioso é que o protagonista não sente a mínima culpa em matar alguém, que aos olhos deles, só fez mal a sociedade. Aí que está a comparação com o livro russo Crime e Castigo, pois para Woddy Allen ele acaba de criar o seu próprio Crime e Castigo para aquilo que chamamos de justiça indigesta. Para um diretor que está mais preocupado em tocar seu jazz que de fato fazer filmes, e isto só o faz pela grana, já é um bom exemplar da sua obra fílmica obrigatória anual, e que folêgo tem tal diretor.

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