The Grand Budapest Hotel

The Grand Budapest Hotel, de Wes Anderson, Reino Unido, Alemanha, 2014. Trata-se de uma fábula magnânima onde poucos cineastas têm a capacidade de executá-la. Em toda a duração do filme temos a percepção que estamos presenciando um mundo que seria muito bem-vindo se este existisse, mas infelizmente só que não, este tal universo fabular nunca existiu de fato. O que vemos é uma metáfora de um país que existiu e sobreviveu através dos seus encantos e fantasias durante a segunda guerra mundial. Trata-se, portanto além de um filme com uma essência fabular, este era de época também, onde temos como protagonista um Concierge, uma espécie de gerente geral do Grande Hotel Budapeste. Antes de pensamentos precipitados informamos que Budapeste não tem nada há ver com a capital da Hungria. O Grande Hotel Budapeste se localizara em um país de nome fictício no meio da Europa e, portanto no meio da Guerra daquele tempo( por volta entre 1930 e 1940). Como linha de narração o filme opta por brincar através do tempo, pois começa com o tal Concierge já em idade avançada contando há um hospede interpretado pelo britânico Jude Law, sua história e como conseguiu ser o dono daquele lendário hotel que por sinal, no presente se encontrava em ruínas. A opção da narrativa não linear deixa o filme mais envolvente por permitir envolver diversos atores na história, e isso sem a preocupação exagerada destes estarem alinhados perfeitamente com a linha de tempo, mas vamos à resenha do filme. Como escrito já foi, o Concierge conta seu passado há um peregrino desconhecido que se encontrava hospedado em seu hotel, e conta em seus mínimos detalhes. Fato é que sua história começa quando este Concierge tinha apenas treze anos de idade fugindo de um país bombardeado pela guerra, só sobrevivendo ele da sua numerosa família. Acontecimento este, de perder toda sua família, que deixaria as maiorias das pessoas tristes e principalmente traumatizadas, todavia isso não acontece com o tal Concierge apelidado por zero e bem interpretado pelo mirim ator Tony Bevolori, muito pelo contrário: a simpatia deste garoto que sempre tinha um sorriso em seu olhar (apesar de seu passado) era sem dúvidas uma característica de homem vencedor. Alias quem coloca o seu apelido de Zero é o seu mestre de nome Gustave, e interpretado esplendorosamente por Ralph Fiennes. O Sr. Gustave no auge do esplendor e glamour do Grande Hotel Budapeste era o gerente do local ou como preferirem chamar: O Concierge do hotel cinco estrelas. Homem este de tão refinado, educado e porque não dizer evoluído para seu tempo foi à principal influência do seu assistente Zero. De tão culto o Sr. Gustave era tido como um pederasta para a maioria que não o conhecia, mas não para seu assistente atento e obediente; Zero. O Sr. Gustave não se importava com sua reputação, o mais importante era deixar o hotel em seu alto padrão e preparar um substituto ao seu cargo, que no caso era o nosso infante Zero. As coisas começam a mudar quando uma das donas do hotel morre e deixa como herança um quadro de alto valor a seu pessoal amigo: o Sr. Gustave. A família logicamente não aceita que quadro de tal valor seja dado há um Concierge pobretão como Sr. Gustave era, apesar de culto. A história a partir desse quadro começa a sair das dependências do Grande Hotel Budapeste e ir a outros lugares, tais como a prisão em que o concierege Gustave ficou por ter supostamente roubado o valioso quadro familiar, até a sua cômica fuga fazendo inclusive amizades com os mais terríveis assassinos da prisão através do ser humano que o era, ou seja, através da habalidade do tato com as pessoas que tinha. Após a saída da prisão vem a fuga da policia e da família que queria o quadro que seu assistente Zero esconde. Além de ajudá-lo a fazer um plano para sair da prisão de segurança máxima, Zero embarca na fuga com o Sr.Gustave; Observem bem meus caros leitores: todos os acontecimentos desse belo filme são ainda laureados com estupendas imagens e interpretações em um elenco que ainda contava com nomes como: Bill Murray, Mathieu Amalric, o excelente sempre Williem Dafoe, entre outros, ou seja, um baita elenco alinhado a um ótimo enredo só poderia ter como resultado um ótimo filme. Belíssima pedida para o final de semana.

Comentários

RitaKBarreto disse…
Legal Diogo, sempre gosto de ler seus artigos, não tenho muito tempo de ir assistir os filmes, aí fico sabendo sobre alguns filmes através de vc. Acho legal!

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