Mel ( Miele )

Mel ( Miele ) é o primeiro longa-metragem da atriz agora metida a diretora Valeria Golino, Itália, França, 2013. "Mel" foi selecionado para a secção Un Certain Regard do Festival de Cannes, onde recebeu uma Menção Especial do Júri Ecumênico, e foi finalista do Prêmio Lux 2013. Com esses ou por esses requisitos o filme tem como tema um assunto tabu que é a eutanásia. Irene (Jasmine Trinca) é uma italiana ex-estudante de medicina de trinta anos aparentemente normal,a não ser sua profissão. A moça tinha um emprego pouco convencional que era “ajudar” as pessoas a darem cabo de suas vidas; Estas que em sua maioria optavam pela eutanásia por terem pouco tempo de vida, muita dor devido a doenças. Irene, então era chamada por esses doentes terminais para ser um tipo de enfermeira do último suspiro deles, dando um fármaco utilizado para abater animais doentes. Na Itália a eutanásia é proibida e tal remédio não é facilmente encontrado; Deste modo então a esportista Irene tinha que regularmente viajar ao México para comprar a droga mortal para seus pacientes. O filme muda de rumo quando a moça conhece o Senhor Grimaldi: um senhor que quer morrer por estar com uma profunda depressão. Irene se confronta com o primeiro paciente desse tipo: saudável, ao menos fisicamente. Irene então nega seus serviços ao senhor e se defronta com suas ações quando vê uma pessoa aparentemente saudável querer morrer. Cria-se a partir daí uma tentativa de Irene motivar o senhor Grimaldi a viver, a dizer que vale viver, apesar dela ser a “enfermeira da morte”. O dilema das suas ações anteriores faz com que Irene repense sua vida e avalie se ela tem o poder de decisão de tirar uma vida ou não, ou seja, de continuar com seu emprego clandestino ou abandoná-lo. Fato é que Irene não consegue mesmo que o senhor Grimaldi não se suicide, porém dessa vez sem o seu auxilio. Um filme bacana, porém forte com um tema tabu que faz repensarmos nossos valores sobre eutanásia, doenças do corpo e da mente, esta última que muitas vezes não é levada tão a sério como deveria haja à vista a depressão, tida e conhecida como a doença do século XXI.

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