Expresso do amanhã

Expresso do amanhã é o primeiro filme em inglês do cineasta sul-coreano Bong Joon-Ho (O hospedeiro, Mother), Coréia Do Sul, França, EUA, República Tcheca, 2013. O filme é uma adaptação da graphic novel dos franceses Bernamin Legrand e Jacques Lob. Após um experimento desastroso para coibir o aquecimento global em um futuro não muito distante, o tiro sai pela culatra e o planeta Terra se torna uma grande nevasca com temperaturas mortíferas abaixo de setenta graus Celsius negativos. Os que conseguem sobreviver após o péssimo experimento humano, vivem rodando o planeta através de um trem ou em outras letras como uma Arca de Noé em forma de trem. Entretanto nesta arca ou trem existia vagões que classificavam quem era do tipo classe executiva ou econômica. O trem que dava voltas pelo planeta, caso parasse todos morreriam congelados, era alimentado pela mão de obra da classe econômica que turbinava o expresso ou trem siberiano com uma espécie de combustível parecido com o carvão mineral que colocamos no churrasco. Em contrapartida os mais favorecidos da classe executiva desfrutavam das melhores refeições enquanto os operários da classe econômica comiam um cereal feito de merda para terem forças e continuarem trabalhando. Caso algum tivesse a ousadia de não obedecer era chibatado até a morte para servir de exemplo aos seus outros companheiros. Ainda assim o grupo de operários conseguia se articular para uma estratégica revolta e chegar até o primeiro vagão do trem a fim de tomar o comando da máquina que não podia se render a estática do movimento nulo, caso isso acontecesse não adiantaria nada o esforço da revolta dos operariados, pois com o trem parado o frio juntamente com a poluição do ar mataria tanto as classes: econômica e executiva em questões de minutos, segundos até. Fato é que de tanto rodar a Terra teve uma hora que o líder da classe econômica resolve dizer: “independência ou morte! ou morremos de tanto trabalhar ou de frio, tanto faz para nós, vamos tentar invadir e pegar o comando”. Mas não era tão fácil assim. Por estar no comando à classe executiva já antevia algum tipo de rebelião, afinal ninguém ficaria comendo aquele cereal feito a merda canina enquanto outros comiam do bom e melhor e ainda faziam baladinhas eletrônicas toda noite. As primeiras tentativas se frustram por uma severa vigília, mas como já diz o ditado: “Água mole pedra dura tanto bate até que fura”, em certa e estratégica rebelião a classe econômica toma o poder. Pelo conhecimento que temos dos filmes do passado do diretor sul-coreano não é de se estranhar que o filme seja tão violento e visceral, porém com um roteiro interessante mostrando através de metáforas as diferenças entre classes sociais em um mundo pós-apocalíptico numa fita de ficção científica, fato este que não deixa de ser inovador e por isso já vale ser conferido; Então não percam a chance.

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