Um Conto do Destino

Um Conto do Destino, de Akiva Goldsman, EUA, 2013. O que é ser um ladrão? Podemos afirmar que é alguém que se encontra a margem da sociedade, ou seja, ao lado ou esquecido dos valores morais que a sociedade criou e julgou como corretos. Entretanto o que diferencia um ladrão de uma pessoa que não se encaixa nesses vulgos valores sociais corretos? Poderia afirmar que são suas atitudes, ou seja, se você rouba algo de alguém é classificado como ladrão , todavia quando se é apenas alguém que não obedece as regras preestabelecidas não podemos taxá-lo como ladrão, mas sim um anárquico ou coisa do tipo. Pois bem, fiz essa introdução para vos apresentar o nosso protagonista que por ora era classificado como um ladrão, mas para os olhos de uma donzela apaixonada de vinte e um anos prestes a morrer de tuberculosa na Nova York de 1920, era um galanteador anárquico que roubara seu coração antes da sua morte. O filme em si é um emaranhado de fantasias sombrias misturadas com sonhos em que o amor verdadeiro vence as mazelas do mal. Temos como antagonista um demônio, interpretado por Russell Crowe, que supostamente tinha criado esse “ladrão” depois que seus pais o deixaram jogado nas águas da baía de Nova York antes de partirem para a Irlanda, já sabendo que não chegariam até lá devido a viagem. Como o amor é mágico esse suposto ladrão perseguido por todos os gângsteres da cidade tinha uma carta na manga que era um cavalo voador que sempre o salvava nas piores situações. Misturando o real com o imaginário o filme, que é uma adaptação de uma obra literária, surfa nesses dois gêneros de uma maneira peculiar que é: deixar-se que a imaginação tome as rédeas na disputa com a realidade dos seus personagens. Em suma então, trata-se de um filme principalmente para expandirmos nossas mentes e inquietações existenciais e voluntariamente deixarmos ser guiados por essa história surreal e interessante.

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