Robocop

Robocop, de José Padilha, EUA, 2014. Fazer remakes ou obras literárias de sucesso no cinema às vezes é uma tarefa um tanto quanto arriscada, pois já existe um parâmetro de julgamento para apreciar ou depreciar a nova produção. Neste novo filme do diretor dos sucessos nacionais: Tropas de elite I e II, Padilha não se sai muito bem, de modo que o filme está sendo apelidado pela critica especializada como: A tropa de uma lata/homem só. O início do filme nos dá certa esperança de que este seja bom com robôs fazendo patrulha em Teerã, capital do Afeganistão em pleno ano 2028, caçando terroristas em uma cobertura jornalista. Mas as esperanças de um filme bom param de imediato nos cincos primeiros minutos do filme. Me arrisco a escrever de que quem viu o primeiro filme dos anos 1980, de cunho bem mais anárquico, não terá paciência para ver esse remake até o final e se conseguir sairá do cinema no mínimo aborrecido pela perda de tempo e principalmente pelo estupro que o Padilha fez com um clássico policial de nossa adolescência. O remake não consegue nem se prestar a um pensamento de que podemos usar as máquinas e estas por sua vez nos usarmos em um jogo de ioiô. Tampouco o filme nos inflama a transformar, nós, civis em justiceiros, mas sim em espectadores em que uma máquina pode descobrir tudo, como corrupção no poder e na polícia, porém fazer também vistas grossas. O que vemos no filme é somente um robô querendo se vingar dos seus assassinos através de lembranças pelo meio cérebro que lhe restou. Uma pura vingança pessoal e nada mais. Não a toa que o filme está mais conhecido como: A tropa de um homem só, do que propriamente seu título: Robocop. Fazer filmes no Brasil é uma coisa completamente diferente dos EUA, e parece que o Padilha não entendeu isso.

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