O Sol Do Meio Dia

O Sol Do Meio Dia, de Eliane Caffé, Brasil, 2010. Diretora esta que largou a faculdade de psicologia no último ano e se enveredou na sétima arte, não saindo jamais. Como uma quase psicóloga formada a diretora instiga justamente na construção dos seus personagens e nesse belo filme rodado na mata amazônica e em Belém não é diferente. Em estupenda atuação Chico Diaz interpreta um barqueiro que usava peruca e fugia dos padrões, escrevemos assim. A trama é balanceada com a atuação de Luís Carlos Vasconcelos, que é personagem mais retraída criado pela diretora e roteirista pra lá de existencialista. A trama tem sua boa parte a bordo de um barco no infinito Rio Amazonas entre somente os dois personagens masculinos. Em redondezas a chegada à Belém entra-se a personagem feminina do enredo, que era a de uma mãe querendo tirar sua filha de um prostíbulo. Em situações sempre atípicas ( o que não poderia ser diferente se tratando de Eliane Caffé ) os dois homens e essa mãe sofrida vão se encontrando na vida, ora por obra do destino ou por vontade própria. Um filme denso no que tange a dramaticidade de seus personagens e suas vivencias puramente humanas, porém sem o êxito em indagações dos personagens, ou seja, não fica claro o sentido que tal personagem toma tal decisão ( não vou escrever qual é o personagem para não estragar o final ) para até que compreendamos o filme e/ou a existência dele. Essa é a Eliane Caffé: sempre nos surpreendendo com seus roteiros existencialistas, mas pouco elucidativos. De qualquer forma pela atuação dos personagens um filme bacana.

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