Era uma vez eu, Verônica.

"Tudo está padronizado” Karina Buh. Com este trecho da canção da cantora que atua no longa do mesmo diretor de Cinema, Aspirinas e Urubus( Marcelo Gomes, Pernambuco, 2012 ), resume bem essa produção orgulhosamente nacional, que é :     Era uma vez eu, Verônica, com Hermila Guedes ( vencedora como melhor atriz em 2012 pelo papel no APCA- Associação paulista dos críticos de arte, um dos principais prêmios nacionais , senão o maior prêmio devido a seu seleto e especial júri ). A fita foi vencedora do festival de Brasília ano passado e com todo mérito, escreva-se de passagem. Com não poderia deixar de ser, o filme do Marcelo é de uma poesia com uma sensibilidade humana que fica difícil colocar em palavras aquilo que foi visto. As produções de Pernambuco estão um degrau acima das demais atualmente. Antes o Rio Grande do Sul dava as cartas no quesito criatividade, hoje mais não. Os poetas cineastas recifenses não tem medo de mostrar o homem como ele mesmo: com todas suas nuances, reviravoltas e revoltas; Sejam estas com o meio ou com eles próprios. Não queria pagar pau, mas tenho de escrever: mais uma aula do cinema pernambucano pelo motivo de justamente “cagarem ou obrarem e andarem” para o politicamente correto, deixando suas emoções e percepções de coisas e pessoas falarem mais alto do que a razão careta ou a burguesia falida. Só tenho uma coisa a dizer: Vá, pois estará entrando pura poesia inteligente e instigante pra pensar em suas íris mal acostumadas por produções de Hollywood.

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